João Gabriel, antigo diretor de comunicação do Benfica, utilizou a sua conta de Instagram para tecer duras críticas à atual direção do clube, na sequência da recente Assembleia Geral. Gabriel não escondeu a sua indignação com o rumo do Benfica, considerando a atitude de alguns elementos na AG como inaceitável.

O ex-diretor focou a sua intervenção em vários pontos nevrálgicos da vida do clube, desde a contestação na Assembleia Geral até à posição da direção relativamente a Luís Filipe Vieira e o apoio a Pedro Proença nas eleições da FPF. O tom das suas declarações evidencia um profundo descontentamento com a gestão de Rui Costa.

Críticas à Assembleia Geral

João Gabriel desvalorizou a contestação verificada na Assembleia Geral, sublinhando que o número de sócios a gritar “Demissão” representava menos de 1% dos eleitores do clube. Ele questionou a pertinência de se considerar eleições antecipadas com base na insatisfação de uma minoria.

Segundo Gabriel, estiveram “Mil sócios na Assembleia Geral do Benfica”, um número que, na sua perspetiva, não justifica a antecipação do ato eleitoral para atender aos desejos da oposição.

Defesa de Luís Filipe Vieira

Um dos pontos centrais da crítica de João Gabriel foi a posição da direção em relação a Luís Filipe Vieira. Gabriel referiu que se voltou a reclamar a expulsão de Vieira, e que Rui Costa respondeu que o assunto estava no departamento jurídico. Para Gabriel, a atitude da direção é incompreensível, questionando a necessidade de envolver o jurídico num assunto em que Vieira não foi condenado.

Gabriel salientou a importância de Luís Filipe Vieira na história recente do Benfica, afirmando que “Sem ele, nenhum dos mil sócios que ontem foram à Assembleia Geral teria estado naquele pavilhão — ou possivelmente em nenhum outro —, porque o Benfica seria bem diferente… para pior!”. Considera que Vieira “salvou” o clube, num sentido literal.

Posição sobre Pedro Proença

João Gabriel expressou a sua discordância com o apoio da direção do Benfica a Pedro Proença nas eleições da FPF. Ele manifestou a sua preferência por Nuno Lobo, argumentando que, mesmo que Proença vencesse, o Benfica não teria “ficado do lado errado da história!”

O ex-diretor criticou a direção por afirmar que o discurso de Nuno Lobo foi escrito por Vieira, considerando essa afirmação uma “tentativa de ofensa grave a Nuno Lobo”, e acrescentando que “escrita não é — como nunca foi — o forte de Vieira, como não é o de Rui Costa”.

Ingratidão e Ausência de Memória

Em termos gerais, João Gabriel acusou a direção do Benfica de “pequenez, ingratidão e amnésia”. Ele considerou inaceitável que, após “ter perdido tanta coisa neste mandato”, a direção também perdesse a memória.

Para o futuro, João Gabriel deixou um recado claro: “Quanto ao resto, que venha Outubro!”.