Benfica enfrenta insatisfação dos sócios após chumbo do orçamento

  1. Chumbo do orçamento 2025/26
  2. 47,61% dos votos em 2024
  3. Luís Filipe Vieira com 48,28% contra
  4. Novo artigo 43.º permite segunda versão

A direcção do Benfica, liderada por Rui Costa, voltou a enfrentar a insatisfação dos sócios, recebendo um cartão vermelho após o chumbo do orçamento para a temporada 2025/26. Apesar dos números desanimadores que levaram à rejeição, como já havia sido antecipado pelo Record, não existem consequências diretas neste momento. O orçamento chumbado será efectivamente o que o clube terá para a próxima época.

A situação de chumbo não é nova para a actual direcção. Em 2024, Rui Costa e a sua equipa não conseguiram obter a maioria absoluta exigida pelo artigo 57.º dos estatutos, ficando-se pelos 47,61% dos votos, levando à rejeição do orçamento. Seu antecessor, Luís Filipe Vieira, também enfrentou um momento similar em 2020, quando recebeu 48,28% de votos contra, em uma votação acirrada, onde 47,79% se mostraram favoráveis ao orçamento.

Histórico de Rejeições Orçamentais

Além disso, Luís Filipe Vieira já tinha sido alvo de reprovação em setembro de 2012, quando os sócios mostraram descontentamento com um prejuízo de 12,9 milhões de euros, resultando em 6.988 votos contra e pouco mais de 4 mil a favor, mas nada mudou na altura. Essas experiências demonstram a continuidade de um problema que afecta a relação entre a direcção e os adeptos.

Este último chumbo ocorreu na véspera das eleições e da implementação dos novos estatutos, cuja versão final foi aprovada com uma expressiva maioria de 91% de votos favoráveis. Com a nova constituição, em caso de chumbo do orçamento, a direcção terá a possibilidade de aprovar uma segunda versão. O artigo 43.º dos novos estatutos afirma: “No caso de a proposta de orçamento não ser aprovada em Assembleia Geral, a Direcção deve aprovar o orçamento e o plano de investimentos, com eventual inclusão de propostas formuladas pelos sócios (...), sendo obrigatório o parecer do Conselho Fiscal.”

Pressão sobre a Direcção

Outra questão importante é que no caso de haver um segundo chumbo do relatório e contas, a direcção será obrigada a renunciar, resultando em eleições apenas para essa entidade, que deverá continuar a funcionar até ao fim do mandato. Assim, a pressão sobre Rui Costa é palpável, pois as aprovações futuras podem determinar não apenas os rumos financeiros do clube, mas também o futuro da direcção.

Os sócios estão claramente insatisfeitos, e isso pode ter repercussões a longo prazo. O clima de inquietação entre a massa associativa do Benfica pode levar a um aumento da contestação e a uma eventual mudança na liderança, se as expectativas em relação à gestão financeira não forem atendidas. A direcção terá de agir rapidamente para reconquistar a confiança dos adeptos e assegurar a estabilidade do clube.

Contexto Futuro

As implicações do chumbo orçamental vão além do imediato, afectando a estratégia de gestão do Benfica para o futuro. Rui Costa terá de definir um plano claro que responda às preocupações dos sócios e que demonstre uma gestão financeira sólida e responsável. A aprovação de um orçamento alternativo, tal como permitido pelos novos estatutos, poderá ser uma oportunidade crucial para restaurar a credibilidade junto dos adeptos.

Com as eleições à vista e um ambiente turbulento, o que se segue para a direcção de Rui Costa será decisivo. Os adeptos do Benfica esperam ver uma resposta efectiva e um compromisso renovado para com o futuro do clube, mostrando que a direcção está à altura dos desafios que se avizinham.

Sporting visado em processos disciplinares após queixa do Benfica

  1. Instaurados processos disciplinares a Geovany Quenda, Zeno Debast e à SAD do Sporting.
  2. Participação do Benfica na Liga Portugal motivou os processos.
  3. Em causa, tarja utilizada por Quenda com a frase “Falas muito. Chupa c...”.
  4. Matheus Reis e Maxi Araújo também foram alvo de processos disciplinares após queixa do Benfica.