O ambiente no Sport Lisboa e Benfica revela uma crescente insatisfação entre os sócios, refletida nas palavras dos candidatos à presidência. João Diogo Manteigas sublinha que “os sócios do Benfica são insatisfeitos por natureza” e reitera a necessidade de mudança nas eleições de outubro, destacando: “Sente-se que o Benfica está agitado e os sócios querem mudança, que vai acontecer no mês de outubro”. Esta afirmação surge após a reprovação do orçamento para a época 2025/26, que obteve 73,80% de votos contra, o que Manteigas classifica como um “problema” e admite a necessidade de uma clara comunicação da direção. Ele aponta: “Tem de se perceber agora se a direção aplica o orçamento anterior, se vai ser por duodécimos, o que vai fazer. Convém que haja uma comunicação e aproveito para solicitar isso”.
Por outro lado, João Noronha Lopes, outro candidato, expressou a sua preocupação, afirmando que “saio da AG mais preocupado do que quando entrei”. Ele votou contra o orçamento por ser “pouco transparente e rigoroso” e declarou: “Senti que as pessoas querem uma mudança... o orçamento, que é absolutamente essencial para o próximo ano”. Lopes demonstrou orgulho na mobilização dos associados, mas também destacou a necessidade urgente de respostas pertinentes a questões fundamentais levantadas durante a assembleia. “O orçamento foi chumbado por quase 75% dos sócios. O presidente Rui Costa retirará conclusões e a decisão que tomar será legítima e respeitada por todos os benfiquistas”.
Tensão entre direção e associados
A reprovação do orçamento sublinha a crescente tensão entre a direção e os associados. Manteigas referiu que “a próxima temporada está ameaçada pelo mandato insatisfatório de quatro anos”. Ele questiona a gestão do presente e cita a responsabilidade maior nas mãos de Rui Costa ao dizer: “Caberá a Rui Costa entender se deve avançar ou não”.
Com as eleições agendadas para 25 de outubro, a pressão aumenta. Rui Costa anunciou que a sua decisão sobre a recandidatura será comunicada após o Mundial de Clubes. A expectativa é que o futuro do clube seja decidido em breve, com a voz dos sócios, sempre insatisfeitos, a exigir resposta à pergunta central: quem liderará o clube no próximo ciclo?
