A intensificação do descontentamento no seio do Benfica tem sido evidenciada pelas declarações de associados como Mauro Xavier e Martim Mayer, que recentemente mostraram hesitação em formalizar as suas candidaturas à presidência do clube. Mauro Xavier comentou: “O meu objetivo é contribuir para o futuro do Benfica com ideias”, revelando um desejo genuíno de impactar o clube, embora tenha adiado a sua decisão sobre uma candidatura oficial.
A crítica à gestão do atual presidente Rui Costa é uma constante nas suas intervenções. “Chegámos ao final de quatro épocas desportivas e apenas vencemos um campeonato. Para mim, isso está abaixo do mínimo para apoiar uma recandidatura. O mínimo seria vencer dois em quatro,” disse Xavier, destacando um desempenho insatisfatório que, segundo ele, não justifica a continuação de Rui Costa à frente do Benfica. Ao referir-se a um momento crucial da época, o remate ao lado de Pavlidis no dérbi com o Sporting, evidenciou como pequenas decisões podem impactar profundamente o resultado de uma temporada. “Cinco centímetros poderiam ter mudado tudo,” lamentou.
Críticas à Gestão Atual
Martim Mayer, por sua vez, também não poupou críticas à gestão atual. “O chumbo do orçamento para 2025/26 foi um 'sinal' claro da insatisfação dos sócios,” notou, reforçando que o mau desempenho financeiro poderia indicar um sentimento generalizado de reprovação da direção. Ele enfatizou a importância do debate entre os associados: “Gostava de ressalvar a vitalidade do clube e este espaço de debate dentro de casa, como se deve fazer no Benfica.”
Ambos os associados cogitam a possibilidade de avançar nas eleições de outubro, mas, conforme Mayer afirmou: “Tenho estado a estudar o caso com seriedade e a sentir como posso ser útil. Muito em breve haverá novidades.” Esta reflexão demonstra o compromisso deles com o clube, ao mesmo tempo que mantém a porta aberta a novas alianças ou decisões.
Reação de Rui Costa
No panorama atual do Benfica, Rui Costa, pressionado por essas críticas, reafirmou a sua posição durante a Assembleia Geral: “Fui eleito, sou presidente do Benfica e tenho consciência do lugar que ocupo. Tenho total legitimidade para cumprir o mandato até 25 de outubro.” Esta afirmação reflete uma clara resistência à pressão por uma renúncia, mesmo com o ambiente tenso que se vive entre os associados.
Enquanto os associados ponderam o futuro do clube, com outras candidaturas já anunciadas, o foco permanece na necessidade de um novo caminho para o Benfica. Com certeza, o desfecho das eleições será um ponto crucial na história recente do clube, numa fase marcada por divisões internas e desafios estruturais.