Miguel Moreira justifica contratos com a Questão Flexível no Benfica

  1. Miguel Moreira é antigo diretor-financeiro do Benfica e arguido no processo Saco Azul.
  2. Foi questionado sobre contratos com a empresa Questão Flexível, de José Bernardes (outro arguido).
  3. Alguns contratos foram feitos com a Benfica Estádio e outros com a Benfica SAD sem razão clara.
  4. O critério de preço e duração dos contratos foi fixado por José Bernardes e incluía alta disponibilidade.

Miguel Moreira, antigo diretor-financeiro do Benfica e um dos arguidos no processo Saco Azul, continua a sua inquirição no Campus de Justiça. Durante as instâncias de inquérito, o procurador questionou-o sobre os contratos estabelecidos com a empresa Questão Flexível, de José Bernardes, outro arguido no processo. Um dos pontos mais discutidos foi a razão pela qual alguns contratos foram feitos com a Benfica Estádio e outros com a Benfica SAD.

Moreira não teve uma resposta clara para a distinção entre os contratos, afirmando que ““Não sei porque se fez contrato com a SAD. Possivelmente, foi um lapso. Contratos relacionados com tecnologia, informática, deveriam ser celebrados com a Benfica Estádio””, segundo citação sua no tribunal. Esta afirmação levanta questões sobre as práticas internas da instituição e possíveis falhas administrativas nos processos de contratação.

Critério de Preço e Duração dos Contratos

Em relação ao critério de preço e duração dos contratos com a Questão Flexível, Miguel Moreira declarou que ““Critério foi fixado por José Bernardes. O preço contempla várias componentes, como o conhecimento, a alta disponibilidade de 24/7, teria de estar sempre disponível e trabalhar todas as horas necessárias para repor o sistema em caso de haver um crash, incluindo contratar terceiros para repor sistema””, conforme relatado em tribunal. Este detalhe sugere que existia uma preocupação em garantir a continuidade dos serviços essenciais, especialmente na área tecnológica, embora o modo como os contratos foram estabelecidos e a distinção entre as entidades do Benfica (Estádio e SAD) que os firmaram seja um ponto de interrogação no processo “Saco Azul”.

Contratos Pós-Início do Trabalho

Adicionalmente, o ex-diretor-financeiro foi inquirido sobre a razão pela qual os contratos com a Questão Flexível só foram elaborados após o início efetivo do trabalho. Moreira respondeu que ““tem de ser visto à luz do contexto do processo. Há necessidades que decorrem, é necessário continuar a trabalhar. Não se pode parar o comboio. Começou-se o trabalho e mais tarde tratámos disso e chegámos a acordo do ponto de vista do valor e duração do contrato””, de acordo com a sua justificação apresentada perante o tribunal. Essa resposta pode ser interpretada como uma tentativa de explicar a aparente falta de formalidade e o pragmatismo face às exigências operacionais do clube. A necessidade de não ““parar o comboio”” parece ter sido um fator determinante para a priorização da continuidade do serviço em detrimento da formalização prévia dos acordos.

Razoabilidade e Bom Senso

Apesar deste contexto que levanta questões sobre a formalidade dos procedimentos, Moreira concluiu o seu depoimento sobre este ponto afirmando que ““existia razoabilidade e bom senso entre as partes”” na celebração desses acordos com a Questão Flexível. Ele reforçou esta ideia em tribunal ao declarar que, ““na lógica de confiança e bom senso entre as partes. Era necessário não parar e mais tarde resolvíamos isso””. Esta declaração final sublinha a complexidade e a urgência que, na perspetiva do arguido, permeavam as decisões de contratação no interior do clube, mas continua a suscitar interrogações sobre a transparência e a adequação dos processos seguidos.

Presidente do Rio Ave confiante no regresso aos Arcos na próxima época

  1. Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave, está confiante no regresso da equipa ao Estádio dos Arcos na próxima época.
  2. O Estádio dos Arcos sofreu danos significativos na bancada em março, obrigando a equipa a jogar em Paços de Ferreira.
  3. Estão a ser planeadas obras de requalificação no estádio para cumprir os requisitos de licenciamento.
  4. A presidente fez um balanço da época como “difícil, de transição e adaptação”, mas mostrou otimismo para o futuro do clube e investimentos na academia.