Apesar da derrota por um resultado expressivo, Filipa Patão mostrou-se orgulhosa da sua equipa e destacou o empenho das jogadoras em tentar impor o seu jogo contra a equipa campeã em título. No entanto, reconhece que faltou eficácia nos detalhes e que há margem para evolução.
Filipa Patão afirmou: 'Sinto-me como numa balança: orgulhosa porque efetivamente tentámos ser competitivas, tentámos pressionar o Barcelona, ter bola, tentámos impor aquilo que é a nossa ideia de jogo, mas frustrada porque sei que era possível dar mais, sei que os pequenos detalhes fazem toda a diferença e, neste jogo, os detalhes não estiveram ao nosso favor.'
A treinadora realçou que a equipa ainda é jovem e precisa de ganhar maturidade, mas acredita no potencial das jogadoras. Segundo Patão, a diferença entre as equipas não é física, tática ou técnica, mas sim mental: 'Temos a capacidade de perceber que vamos cometer erros, todas as equipas o cometem, o Barcelona também cometeu na sua primeira fase de construção com a nossa pressão, recorreu a bola longa e isso já nos dá um sinal, sinal de que estamos a criar desconforto ao Barcelona. A diferença é que têm plena consciência da qualidade que têm e conseguem arranjar soluções. A nós ainda nos falta esse pormenor que é um pormaior, que é ter a consciência que vamos errar, mas vamos conseguir fazer algo bom se mantivermos a nossa crença e o tipo de jogo que queremos continuar a fazer, e isso não podemos perder independentemente do golo ou do momento menos positivo que possamos estar a passar. Por isso digo que não é técnico, não é tático nem físico, é mental e nisso o Barcelona tem de sobra.'
Apesar da derrota, Filipa Patão mostrou confiança na equipa para o próximo jogo em Lisboa contra o Barcelona. A treinadora afirmou: 'Vão ter de esperar um jogo muito difícil, porque o Benfica tem adeptos maravilhosos como o Barcelona também os tem, e em casa as jogadoras do Benfica costumam ganhar uma força extra. Como o nosso hino diz, somos um clube lutador. Não viramos a cara à luta, não damos um lance por perdido, e as jogadoras sabem que pode faltar tudo, mas atitude dentro de campo não pode faltar. Temos de continuar a mostrar que, com bola, temos capacidade de ferir qualquer equipa, temos jogadoras com grande qualidade individual e acima de tudo temos um processo coletivo que assenta muito nessa base, no conforto com bola e conseguir decidir sob pressão, e não vamos perder essa identidade nunca.'