Rui Ferreira e João Graça falam sobre pressão após derrotas

  1. Benfica goleia AVS por 6-0
  2. Rui Ferreira: 'Entrámos ansiosos'
  3. Rio Ave perde 3-0 para Vitória
  4. Luís Freire: 'Fomos organizados defensivamente'

O recente confronto entre o Benfica e o AVS resultou numa goleada de 6-0, levantando questões sobre o impacto da pressão da equipa da casa na atuação dos visitantes. Rui Ferreira, treinador do AVS, não hesitou em destacar que a sua equipa entrou nervosos, algo ansiosos. Ele mencionou que, na fase inicial, o AVS até teve oportunidades, mas a eficiência do Benfica em lances de bola parada acabou por desequilibrar a partida. ““Podíamos ter feito muito mais. Entrámos ansiosos, algo nervosos. Até nem entrámos mal, podíamos ter marcado na bola de saída””, afirmou Rui Ferreira, refletindo sobre a primeira parte do jogo onde a sua equipa sucumbiu ao poder ofensivo do Benfica.

A reação do AVS, de acordo com Ferreira, foi relativamente tardia, uma vez que se sentiram confortáveis apenas após o terceiro golo. ““A verdade é que o Benfica acabou por fazer golos em lances de bola parada e isso criou-nos ali algum desconforto””, admitiu. Para o treinador, a goleada foi resultado não só da superioridade adversária, mas também de falhas defensivas da sua equipa.

Rio Ave e a pressão

Mudando o foco, outra equipa que sentiu a pressão foi o Rio Ave, que também passou por uma derrota preocupante, 3-0, contra o Vitória de Guimarães. João Graça, do Rio Ave, não teve dúvidas em apontar o dedo à péssima primeira parte da sua equipa. ““É um jogo que se define por uma péssima primeira parte da nossa equipa, não se pode esconder isso. Depois, na segunda parte, tentámos dar tudo pela nossa camisola””, lamentou.

Graça fez questão de enfatizar que a intenção da equipa é deixar uma imagem diferente na reta final do campeonato. ““Queremos fazer melhor do que no ano passado e por isso não pode voltar a acontecer””, disse. Assim como o AVS, o Rio Ave agora encontra-se na situação de precisar corrigir os seus erros rapidamente.

Vitória em grande forma

Por sua vez, o treinador do Vitória, Luís Freire, comemorou o desempenho da sua equipa, destacando a resposta que tiveram após a derrota para o Benfica. ““Esta era a demonstração que esperava. Antes do jogo com o Benfica, tínhamos 10 jogos sem perder””, disse Freire, enaltecendo a capacidade dos seus jogadores em manter a calma e determinação em campo.

Mais ainda, Freire ressaltou a seriedade e organização do Vitória, afirmando que o equilíbrio defensivo da equipa foi crucial para o sucesso na partida. O final da frase de Luís Freire foi claro: ““Fomos uma equipa extremamente organizada defensivamente e a chegar com critério ao ataque. Construímos uma vantagem de três golos ao intervalo porque fomos eficazes””. Esta afirmação demonstra como a gestão emocional e a organização tática são fundamentais para uma equipa quando confrontada com a pressão intensa que o Benfica impõe.

Esperança para o futuro

Ao observar a reta final da competição e a luta pela sobrevivência, Rui Ferreira expressou esperança na sua equipa, olhando para os próximos desafios. ““Para nós é uma final, temos de ganhar. São três jogos e, obviamente, gostaríamos de fugir ao play-off””, afirmou, destacando a importância da atitude na busca pela manutenção.

Esta mentalidade será vital para o AVS, que deseja melhorar o seu desempenho e buscar a vitória nos próximos compromissos, particularmente no confronto decisivo contra o Boavista, conforme salientou Ferreira.

Oportunidade em meio à pressão

Por outro lado, a pressão que o Benfica exerce não é apenas um desafio, mas também uma oportunidade para os adversários mostrarem o seu verdadeiro potencial e, quem sabe, elevarem as suas atuações diante da adversidade. As palavras de João Graça e Rui Ferreira ecoam a luta constante que as equipas enfrentam ao tentar superar um gigante como o Benfica.

Neste ponto decisivo do campeonato, cada partida é uma nova chance para escrever uma história diferente e provar que, mesmo sob pressão, há espaço para a resiliência.