Eleições no Benfica podem 'desafiar' centralização dos direitos televisivos

  1. Eleições no Benfica em abril podem impactar centralização dos direitos televisivos.
  2. Miguel Farinha (EY): centralização melhora o futebol e traz mais receitas.
  3. Luís Miguel Henrique: novo Presidente da Liga terá dificuldades em acalmar as partes até novembro de 2025.
  4. Futebol português pagou 268 milhões de euros em impostos em 2023/24.

As eleições no Benfica, marcadas para abril, podem trazer um “desafio acrescido” à centralização dos direitos televisivos no futebol português. A opinião é de Miguel Farinha, Country Managing Partner do EY Portuguese Cluster, expressa no videocast Advogado do Diabo.

Luís Miguel Henrique, advogado, partilha da mesma ideia, lembrando que a campanha poderá ser marcada por populismos que penalizem a discussão sobre a centralização.

Centralização e Eleições no Benfica

Luís Miguel Henrique alerta que “Temos alguém que está [na presidência do clube], Rui Costa, que percebe e compreende tudo aquilo que estamos a dizer e depois há alguém que está na oposição e que já percebeu que [a centralização é] uma das ferramentas do ponto de vista político” e com “algum populismo tem que atacar essa questão da centralização porque o Benfica vai ser prejudicado”.

Miguel Farinha recorda que “o Benfica dá muito barulho, dá muitos 'headlines', dá muitas notícias e isso tem um impacto na opinião pública”.

O Caminho da Liga para a Centralização

Apesar das eleições no clube da Luz, Miguel Farinha defende que “a Liga construiu o caminho para a centralização” e “já criou uma empresa que fará a centralização e está a fazer o caminho”.

O responsável da EY em Portugal, Miguel Farinha, entende que a comercialização centralizada dos direitos audiovisuais dos jogos, permitirá ao futebol nacional estar em pé de igualdade com outros campeonatos europeus: “Não é centralizar por centralizar, mas porque irá seguramente melhorar o futebol e trará mais receitas, sobretudo para os clubes mais pequenos. Em nenhum outro campeonato europeu se vê as receitas televisivas concentradas em três clubes, pois estão muito mais repartidas. Se conseguirmos ter melhores clubes de forma global, e não só nos primeiros três ou quatro classificados, seguramente haverá melhor futebol”, vincou.

Desafios no Processo de Centralização

Sobre o processo de centralização propriamente dito, Luís Miguel Henrique vê como “extremamente difícil que o novo Presidente da Liga, em abril, mesmo que acalme um bocadinho a situação interna, tenha a capacidade, antes de novembro de 2025, de ter as pessoas serenas, calmas, tranquilas, sentadas à mesa, de forma consciente, para trabalhar em prol de um bem comum, que é a centralização”.

O Papel do Novo Presidente da Liga

O líder máximo da EY em Portugal considera que “a estrutura que está na Liga está montada há muito tempo e tem feito um trabalho nesse aspecto, por isso o novo presidente terá de agarrar esse trabalho e perceber aquilo que ele vê com bons olhos e o que é aquilo que ele quer alterar”, lembrando que no caso da repartição de receitas “não dá para inventar um modelo completamente diferente do resto do mundo”.

Centralização, Competitividade e Desempenho Internacional

Miguel Farinha entende que a centralização dos direitos audiovisuais e o aumento da competitividade conduzirão a um crescimento que irá ter reflexo no desempenho dos clubes nas competições internacionais: “É preciso que todos percebam que só têm a ganhar se trabalharem juntos para aumentar este produto e a forma como o futebol é vendido. Mesmo assim, reparem que estarão três potentados económicos europeus [Alemanha, Espanha e França] e Portugal na ‘final four’ da Liga das Nações. Nós conseguimos jogar de igual para igual nesta indústria”, avaliou.

A Carga Fiscal no Futebol

O presidente da EY defende ainda uma “taxa particular para a indústria do futebol” no que respeita à carga fiscal - o setor pagou 268 milhões de euros em impostos em 2023/24. “Tem muito a ver com o IRS, que é uma carga pesadíssima. O ideal seria haver uma taxa particular para a indústria do futebol. Por exemplo, temos de gastar o dobro em Portugal face ao que se paga em bruto pelo mesmo atleta em Itália para que este receba o mesmo valor líquido. Isso traz imediatamente uma desvantagem competitiva gigante. Dentro da Europa, há diferenças significativas e é preciso entendê-las e tentar corrigi-las”, advertiu Miguel Farinha.

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