O jovem extremo alemão Jan-Niklas Beste chegou ao Benfica no início da presente temporada, com ambições de se afirmar no futebol português. No entanto, a sua passagem pelas águias durou apenas seis meses, tendo regressado ao Friburgo, o seu clube de origem, já em janeiro.
Em declarações ao jornal alemão Bild, Beste revelou alguns dos motivos que levaram ao seu insucesso no Benfica, destacando a saída do treinador Roger Schmidt como um dos principais fatores.
A saída inesperada de Roger Schmidt
Às vezes acontecem coisas que não consegues prever... Ele [Roger Schmidt] queria-me contratar. Fiquei a saber da sua demissão pela comunicação social, contou o jogador.
Beste explicou que teve um treino normal no dia seguinte ao empate do Benfica fora de casa, mas quando chegou a casa leu na internet que o clube lisboeta já não tinha treinador. Nunca tinha experenciado algo assim antes. Também não pensei que isso aconteceria de forma tão rápida, lamentou.
As dificuldades de adaptação a Lisboa
Apesar de ter sido contratado por Schmidt, o extremo alemão admitiu que não se sentia confortável em Lisboa e que o plano inicial era ficar até ao final do contrato, em 2029. Portugal é um ótimo país, Lisboa é uma ótima cidade e o clima é sempre ótimo. Quando mudei de clube, pensei que ficaria lá pelos próximos cinco anos. Mas eu simplesmente não me sentia confortável. Eu queria voltar para a Alemanha, revelou.
Ainda assim, Beste deixou rasgados elogios ao colega Ángel Di María, destacando a sua qualidade e tranquilidade fora de campo, apesar das dificuldades de comunicação. Di María tem uma qualidade incrível, o que ficou evidente em todos os treinos. E fora do campo ele também era totalmente relaxado e tranquilo. O problema era que eu não conseguia falar com ele. Foi relativamente difícil com o idioma. Ele não falava inglês corretamente. Mas, de alguma forma, conseguíamos comunicar, concluiu.