A reunião anual do International Football Association Board (IFAB), o organismo responsável pelas regras do futebol, aprovou algumas modificações nas leis do jogo, mas manteve inalterada a interpretação da regra do fora de jogo. Uma das propostas mais debatidas nos últimos anos, a chamada «Lei Wenger», defendida pelo ex-treinador do Arsenal Arsène Wenger, não foi adotada pelo IFAB.
A ideia de Wenger propunha uma interpretação mais flexível da posição irregular, considerando apenas a sobreposição de corpos à frente do penúltimo adversário, em vez da medição milimétrica atualmente em vigor. No entanto, esta alteração ficará adiada para uma futura revisão das regras.
Frustração com manutenção da regra atual
Apesar da frustração por não ver esta mudança implementada de imediato, Duarte Gomes, ex-árbitro e comentador, acredita que a adoção da «Lei Wenger» iria «transformar o jogo, incentivando um futebol mais ofensivo e com mais golos». Por agora, a medida continua a ser testada apenas em categorias de formação na Itália e Suécia.
Duarte Gomes defende que a manutenção da atual interpretação do fora de jogo, baseada na posição do jogador em relação ao penúltimo adversário, é «justa e igual para todos os envolvidos». Embora as decisões nem sempre agradem, o comentador considera importante que «jogadores, treinadores, árbitros e adeptos mantenham uma memória fresca e um discurso coerente, evitando acusações parciais e desculpas de "mau perdedor"».
Violência no futebol português
O comentador lamentou os recentes episódios de violência no futebol português, como a agressão ao capitão do Casa Pia por um elemento da equipa técnica do Vitória SC. Ele espera que a nova direção da Federação Portuguesa de Futebol e o Conselho de Arbitragem adotem «medidas firmes para coibir tais comportamentos e garantir a integridade física e emocional de todos os agentes do jogo».
