Um jovem com ambição
Antes do duelo com o Benfica a contar para a Liga dos Campeões, Lamine Yamal, avançado do Barcelona com apenas 17 anos, abriu o coração em entrevista ao site da UEFA. O jovem internacional espanhol revelou uma postura madura, deixando claro que o seu foco está em entreter os adeptos e dar tudo de si pela equipa, sem olhar para as estatísticas individuais.
«Jogo futebol por diversão e para entreter os outros», afirmou Yamal, quando confrontado com declarações de Lionel Messi que falou sobre ter jogado pela seleção principal com a mesma idade. O internacional espanhol, que já conta com 103 jogos, 21 golos e 31 assistências pelo Barcelona e pela seleção, garante não olhar para os números dos outros jogadores.
Focar no essencial
«Para ser sincero, tento não pensar se marquei mais ou menos do que outro jogador. O segredo é pensar em mim mesmo, tentar fazer o melhor que posso pela equipa e por mim. Não sou um jogador que olha às estatísticas», referiu Yamal.
Apesar da pouca idade, Yamal já conquistou o Campeonato da Europa de Sub-19 em 2024 e tem ambições ainda maiores. «Quando defronto outra equipa, quero divertir-em, quero ver jogadores competindo uns contra os outros, jogando o futebol de que gosto. É isso que tento fazer com as pessoas quando elas vêm assistir: não fazer um jogo lento, mas sim divertido. Eu diria que a minha responsabilidade é divertir-me para que outros possam divertir-se. Não vejo isso como uma obrigação», explicou.
A ligação às origens
O jovante avançado considera que a sua evolução passa por ter «mais confiança e mais recursos do que antes», elogiando também a gestão do treinador Hansi Flick, que lhe dá total liberdade ofensiva. «Ele só me diz... Bem, ele nunca me fala das coisas defensivas, diz mais o temos de fazer, mas sobre os aspetos ofensivos, só me diz para me divertir. Não diz mais nada.»
Apesar de todo o sucesso, Yamal não perdeu a ligação às suas raízes em Mataró, cidade próxima de Barcelona onde cresceu. «Embora existam muitas culturas diferentes neste bairro, somos todos como irmãos e irmãs da mesma mãe. Acho que ainda tenho o mesmo sentimento. Vou lá para ver pessoas e não tenho problemas. Sinto-me confortável lá. É como estar em casa: ninguém me incomoda e é meu lugar para me desligar. É o lugar onde me sinto relaxado e onde posso me desligar e isso dá-me força.»
