Da formação do Benfica ao frio da Dinamarca
Nascido e formado no Benfica, Pedro Ganchas deu os primeiros passos no futebol profissional com a camisola do Paços de Ferreira, onde se destacou antes de emigrar para a Dinamarca no verão de 2022. Atualmente no Silkeborg, o defesa central de 24 anos enfrenta uma realidade bem distinta do que viveu em Portugal, com temperaturas negativas, rotinas diferentes e o objetivo de ajudar a equipa a conquistar um lugar nas competições europeias.
«Tem sido uma experiência agradável, ainda que o contexto seja diferente», explicou Ganchas ao Maisfutebol, destacando as adaptações necessárias ao rigoroso inverno dinamarquês, com temperaturas a atingir os -8°C. «O choque foi sentido quando regressei para o retomar do campeonato. Parámos no final de dezembro. No início da época ainda convivi com uma temperatura amena. Agora sim, sinto esse choque. Por isso tenho de me precaver, até na preparação para o treino, pela quantidade de roupa que visto.»
Ambição de chegar à elite europeia
Apesar das adversidades, o internacional sub-21 português olha com ambição para o futuro, procurando dar o «salto» para a elite europeia. Após duas tentativas falhadas de se qualificar para as competições europeias com o Silkeborg, Ganchas mantém esse objetivo como meta para a presente temporada.
«Continua a ser um objetivo. Faltou-nos sorte e maturidade nas fases de qualificação para a Liga Europa e para a Liga Conferência», lamentou o defesa, que acredita haver capacidade no plantel para lutar por uma vaga europeia.
Liga dinamarquesa, um novo desafio
Ganchas chegou à Dinamarca numa fase de claro crescimento do futebol nórdico, com vários exemplos de jogadores a afirmarem-se em ligas de topo. O português destaca que a Liga dinamarquesa, apesar de menos conhecida, possui «qualidade e intensidade», revelando-se surpreendido pela «cultura pacífica» dos adeptos locais.
«É uma Liga a crescer, fiquei surpreendido pela qualidade e pela intensidade, algo de novo face às minhas últimas duas épocas [no Paços de Ferreira]», observou, notando a diferença entre o apoio dos adeptos em Portugal e na Dinamarca: «Em Portugal, muitas pessoas apoiam o clube da cidade natal e um emblema da Liga, ou os "grandes". Aqui não, as pessoas são apenas do Silkeborg. E é também por isso que os estádios enchem na Dinamarca, independentemente do adversário e da fase da época. Há essa cultura local e bairrista.»