Pedro Proença exige igualdade fiscal e melhores infraestruturas para o desporto

  1. Necessidade de equiparar taxa de IVA aplicada a eventos desportivos
  2. Apelo a «choque fiscal forte» para reter jovens talentos formados em Portugal
  3. Defesa da criação de um Plano de Recuperação e Resiliência para infraestruturas desportivas
  4. Lamento pela falta de campos disponíveis, obrigando raparigas e jovens a treinar em horários tardios

Na sua primeira intervenção como novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença não se coibiu de abordar alguns dos principais problemas que afetam o desporto em Portugal, exigindo soluções imediatas aos governantes.

Proença foi claro na sua mensagem, clamando por uma «equiparação da taxa de IVA aplicada aos eventos desportivos face a outros espetáculos», considerando a atual diferenciação uma «discriminação negativa» que urge resolver.

Retenção de jovens talentos


Outra das preocupações manifestadas pelo novo líder máximo do futebol português prende-se com a necessidade de implementar «um choque fiscal forte» para reter os jovens talentos formados em Portugal. «Como podemos reter tanto talento que formamos em Portugal? O chavão de 'é preciso manter e atrair os nossos jovens', vale para tudo menos para o futebol? Não acreditamos que assim seja», questionou Proença, apelando a uma resposta «inadiável» no que toca ao IRS sobre atletas de alto potencial abaixo dos 23 anos.

Infraestruturas desportivas


Por fim, Proença defendeu a criação de um Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional para as infraestruturas desportivas, lamentando que, atualmente, os treinos das raparigas e jovens jogadoras sejam «atirados» para horários tardios por falta de campos disponíveis.

«Não quero este País. Nós não queremos. Não me orgulho nem me conformo com este facto. Se queremos apregoar igualdade de género, investimento no feminino, oportunidades semelhantes, mais uma vez não me digam para ser politicamente correto e continuar a fazer 'press ao topo da pirâmide. Se não tivermos no PRR uma 'bazuca' para as infraestruturas desportivas, o país vai continuar a crescer em número de praticantes de forma anémica, bem abaixo do seu potencial, enquanto os recursos se desviam para projetos de umbigos singulares», afirmou o presidente da FPF.