Pedro Proença assume presidência da FPF com promessa de "virar de página"

  1. Pedro Proença sucede Fernando Gomes na presidência da FPF
  2. Proença quer aproximar a FPF e a Liga Portuguesa de Futebol
  3. Portugal é o 6º melhor país em pontos nas competições europeias de clubes
  4. Proença exigiu a equiparação do IVA dos espetáculos desportivos

Pedro Proença foi empossado como novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sucedendo a Fernando Gomes. No seu discurso de tomada de posse, Proença deixou claro que este é um "virar de página" no futebol nacional.

O novo líder federativo agradeceu à equipa que o acompanhou na Liga e garantiu que quer aproximar os dois organismos. Proença também deixou uma palavra de apreço pelo candidato derrotado Nuno Lobo, apelando à "união".

Elogios a Fernando Gomes e orgulho pela escolha de um árbitro


Proença destacou o orgulho em ver o futebol português ter a "maturidade de escolher um antigo árbitro" para liderar a FPF. Elogiou também o trabalho feito por Fernando Gomes ao longo da sua longa presidência, coincidente com os tempos áureos de atletas como Madjer, Ricardinho e Cristiano Ronaldo.

Recados aos grandes clubes e apelo à competitividade


O novo presidente da FPF virou-se depois para os clubes, com vários recados para os presidentes de Benfica, FC Porto e Sporting, presentes na plateia. Proença pediu que a "disputa seja exclusivamente em campo" e que a nova geração de dirigentes não falhe "às pessoas nem ao país", apelando a que cada um deles seja "motor nesta indispensável mudança para um tempo de maturidade".

Proença lembrou que Benfica, FC Porto e Sporting são os maiores clubes, mas destacou a crescente competitividade de outros emblemas como o Sp. Braga, reforçando que Portugal é o 6.º melhor país em pontos nas competições europeias de clubes.

Apelos ao Governo e à arbitragem


Proença abordou também a importância da centralização dos direitos audiovisuais, um "salto pelo qual tanto lutámos", pedindo aos clubes que não deem "um passo atrás" neste processo.

O novo presidente da FPF recusou ser "politicamente correto e fazer preces ao topo da pirâmide", exigindo a equiparação do IVA dos espetáculos desportivos ao de outros eventos, bem como a necessidade de um "choque fiscal forte" para manter a competitividade externa do futebol português e reter os jovens talentos formados no país.

Por fim, Proença garantiu que a arbitragem e a disciplina "precisam de nós" e que é preciso "dar condições, profissionalizar tudo e todos e exigir a máxima responsabilidade", além de "explicar sem medo, humanizar os árbitros e traduzir decisões disciplinares".