Rivalidades abalam arranque da nova época do futebol português

  1. Benfica e Sporting não deram os pêsames pela morte de Pinto da Costa
  2. O FC Porto levou a mal as declarações após a morte de Pinto da Costa
  3. Os clubes trocaram críticas e acusações de tentativas de controlo e benefícios
  4. O ciclo de críticas às arbitragens e lançamento de comunicados parece destinado a continuar

Mal se iniciou a nova temporada do futebol português, os adeptos viram-se novamente confrontados com os familiares cenários de conflitos entre os principais clubes. Apesar das expectativas de uma nova era após as recentes mudanças nas lideranças de Benfica, Sporting e FC Porto, parece que o «futebolzinho português» está de volta aos velhos hábitos.

Num curto espaço de tempo, voltaram os comunicados mútuos de acusações, as queixas sobre arbitragens e os rumores de conluios e benefícios. O otimismo inicial de que os novos dirigentes saberiam distinguir rivalidades de inimizades e unir-se em torno do negócio do futebol rapidamente se desvaneceu.

Regresso ao status quo após a morte de Pinto da Costa


A morte do histórico presidente do FC Porto, Pinto da Costa, precipitou o regresso ao status quo, com Benfica e Sporting a não darem os pêsames e o FC Porto a levar a mal as declarações. Pouco depois, tudo voltou a ser como dantes, com os clubes a trocarem críticas e a lançarem acusações de tentativas de controlo e de benefícios por parte do sistema arbitral.

O ciclo repetitivo de um clube jogar, os outros criticarem as arbitragens e lançarem comunicados parece destinado a continuar, especialmente à medida que a reta final do campeonato se aproxima. Apesar das esperanças de uma nova era, os portugueses parecem confortáveis com este ambiente de conflitos e conspirações que tanto os atrai.

Nova direção da Federação sob clima de rivalidades


A tomada de posse da nova direção da Federação Portuguesa de Futebol ocorre num clima bem diferente do que se vislumbrava há apenas duas semanas, quando se acreditava numa possível trégua nas rivalidades. Afinal, parece que os adeptos portugueses gostam mesmo de viver estas emoções intensas, mesmo que à custa da imagem do futebol nacional.