As equipas portuguesas deparam-se com momentos decisivos nas provas da UEFA, num cenário que aponta para uma «aposta tripla» do Sporting, Benfica e FC Porto, tendo em conta os resultados com que encaram a segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final.

Na teoria, o Benfica reúne «maiores probabilidades de sucesso», até por jogar em casa e pela vantagem com que entra em campo diante do Mónaco. Já o Sporting, com três golos de desvantagem, enfrenta «uma tarefa bem mais difícil» ao visitar o Borussia Dortmund. Por sua vez, o FC Porto, na Europa League, visita a Roma em «aparente igualdade de circunstâncias», depois do empate caseiro.

Desafios das campanhas europeias

Em condições normais, as campanhas europeias já requerem uma «gestão apurada das equipas portuguesas», com plantéis menos apetrechados do que os «parentes ricos do futebol europeu». Mas as «circunstâncias atípicas da presente temporada», com um «surto de lesões», fazem com que essa conciliação assuma «dificuldade acrescida».

O Benfica ficou privado agora de Florentino, o Sporting lamenta novas lesões de St. Juste e Daniel Bragança, e o FC Porto lastima a fratura sofrida por Vasco Sousa — «três talentosos médios portugueses neste sumário de infortúnios».

Ambição europeia vs. objetivos internos

O autor acredita que os representantes portugueses na UEFA — incluindo o V. Guimarães, já garantido na próxima fase — «conservam a ambição de seguir em frente nas provas continentais», até porque isso será «crucial para as difíceis contas do ranking». Mas parece «inegável que esse cenário pode comprometer a energia necessária para atacar os objetivos internos», a avaliar pelas «limitações que os plantéis evidenciam».

Renunciar à frente europeia — «pelo menos de forma assumida» — seria um risco para qualquer dos treinadores envolvidos, no «contexto de instabilidade atual». Mas um eventual apuramento pode revelar-se também um «sucesso envenenado».