Ángel Di María, agora idolatrado no seu país após a conquista do Mundial'2022 e da segunda Copa América da sua carreira, assumiu que o passado nem sempre foi fácil devido à pressão de representar a seleção argentina. O extremo do Benfica confessou que chegou a tomar comprimidos para conseguir dormir, algo que ainda mantém como hábito.
Pressão de jogar pela Argentina
«Na Argentina somos assim. Se ganhas és o melhor, se perdes és o pior. Por isso digo que retirei-me no momento certo, no momento em que ninguém podia dizer nada. E se continuava e depois havia um jogo qualquer em que perdíamos ou o Mundial que não corria bem e saía nessa altura? E ter de ouvir outra vez que isto, que aquilo, porque sim, porque não... Por isso já está, foi perfeito», explicou Di María em entrevista ao Infobae.
O jogador das águias acrescentou: «Por causa disso continuo a tomar comprimidos. Pode baixar, estou muito melhor, mas isso é algo também aditivo. Acontecia muito ao Bilardo, muita gente o dizia. Mas estou muito melhor, nesse sentido. São coisas que ficam, que te marcam.»
Futuro incerto
Di María, que celebra esta sexta-feira o seu 37.º aniversário, também abordou o facto de estar numa fase «difícil para o corpo», com «duas recaídas de uma contractura» a impedi-lo de estar em plena forma. O argentino admitiu que a possibilidade de jogar mais um Mundial é algo que está a analisar com cautela.
«Não sei. Estou a fazer 37 anos e agora, como diz Leo [Messi], é jogo a jogo, dia a dia, mês a mês. É ver como te vais sentido e como reage o teu corpo. Ainda agora tive duas recaídas de uma contratura, estive de fora quatro ou cinco dias e volto, mas é difícil para o corpo.»