O futebol é um jogo imprevisível, onde tudo pode acontecer até ao último apito. Apesar de o Benfica ter praticamente um pé nos oitavos de final da UEFA Champions League e o Sporting estar com um pé e quatro quintos fora dessa fase, nada está decidido. No entanto, a realidade aponta para cenários distintos para os dois clubes.

Benfica pode focar-se no título nacional

O Benfica, atual líder do campeonato português, tem a possibilidade de se focar na conquista do título nacional, algo que não consegue desde a temporada 2018/19. Esta pode ser a grande oportunidade para o clube quebrar o jejum de troféus domésticos, após dois anos em que o Sporting conquistou o campeonato.

"Não há rabo para duas cadeiras", afirmou em 1962 o lendário treinador húngaro Béla Guttmann, depois de o Benfica ter conquistado o bicampeonato europeu, mas falhado o título nacional. Esta frase, que ficou célebre, resume bem o dilema que os dois clubes enfrentam atualmente.

Sporting precisa de um "milagre" na Champions

Já o Sporting, atual campeão, precisa de um milagre para avançar na principal competição europeia de clubes e, consequentemente, terá de priorizar a defesa do título doméstico. A sobrecarga dos calendários competitivos é uma realidade que marca o futebol moderno, e esta é uma verdade que tem afetado quase todos os clubes, merecendo uma reflexão profunda por parte das entidades responsáveis.

Aproveitar o período de mudança que se avizinha, com eleições na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e na Liga, pode ser uma oportunidade para repensar o modelo das competições em Portugal. Reduzir o número de clubes nas ligas profissionais poderá ser uma solução a considerar, de modo a aliviar a carga dos calendários.