Amanhã, 14 de fevereiro, marca o 30.º aniversário da entrada de Jorge Pessoa e Silva para o jornal «A BOLA», um marco na história do título centenário do futebol português. Nesta ocasião, o veterano jornalista partilha 30 lições que o jornal lhe proporcionou ao longo desta jornada.
Pessoa e Silva recorda que, apesar de acreditar que o sonho de trabalhar n'«A BOLA» era impossível, acabou por ser aceite depois de entregar dezenas de currículos. Rapidamente, percebeu o peso das cinco letras do jornal, que carregam a história, a tradição e a mestria do jornalismo.
Ouvir e seguir os mais experientes
Ouvir e seguir os conselhos dos mais velhos é um ato de profunda sabedoria, afirma Pessoa e Silva, que aprendeu a valorizar cada novo serviço como uma oportunidade de fazer melhor. O jornalista entendeu que ninguém sobe na carreira sem a ajuda dos que estão abaixo, pois serão eles que estarão lá quando cairmos.
Distinguir sucesso de ser um verdadeiro sucesso foi outra lição importante. O primeiro pode ser alcançado por qualquer jovem jornalista, mas o segundo é uma carreira que demora décadas a construir. Neste percurso, Pessoa e Silva aprendeu que a credibilidade e a seriedade são um património inegociável, e que uma crítica feita com autoridade é uma lição a agradecer.
Momentos de dúvida e derrota
Ao longo destes 30 anos, o jornalista descobriu que não há super-heróis, pois todos têm momentos de dúvida, fraqueza e derrota. Mas aprendeu também que, quando não se ganha, se aprende. E que, na redação d'«A BOLA», precisa mais de cúmplices do que de competidores.
Viajar ao serviço do jornal foi outro dos ensinamentos valiosos, pois Pessoa e Silva descobriu que viajar é o melhor antídoto para o preconceito. «A BOLA» abriu-lhe as portas de África, uma «maneira de viver» com a qual se identificou profundamente.
Honrar a tradição e os mestres
Ao longo destes 30 anos, o jornalista nunca deixou de pensar no que os fundadores d'«A BOLA» - Cândido de Oliveira, Ribeiro dos Reis e Vicente de Melo - pensariam dele. E, apesar de admirar os grandes mestres do jornal, como Carlos Pinhão, Pessoa e Silva reconhece que nem sempre esteve à altura das exigências d'«A BOLA», pedindo perdão aos leitores e telespetadores.
Ajudar os jovens jornalistas sem reservas é, para Pessoa e Silva, a melhor forma de alcançar a imortalidade. Embora nunca esteja entre os 30 melhores jornalistas da história d'«A BOLA», o jornalista afirma estar entre os 10 que mais amam o jornal, e que seria uma honra se este fosse o seu primeiro e último local de missão.