Luís Filipe Vieira garante que o Benfica nunca pagou diretamente a César Boaventura

Luís Filipe Vieira testemunhou no âmbito do processo Operação Malapata
O ex-presidente do Benfica garantiu que o clube nunca pagou diretamente a César Boaventura
Vieira explicou que a relação com Boaventura iniciou-se no âmbito dos negócios imobiliários
O Benfica realizou negócios com o Inter de Milão envolvendo os jogadores Gabriel Barbosa e Lisandro López
César Boaventura não recebeu qualquer comissão nestas transações
Luís Filipe Vieira afirmou que o Benfica nunca faturou diretamente a César Boaventura
O ex-presidente questionou a existência de contas no Dubai por parte de Boaventura
Vieira também abordou os casos dos jogadores Gedson Fernandes e Nuno Tavares

Durante o seu testemunho no âmbito do processo Operação Malapata, Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, afirmou que o clube nunca efetuou pagamentos diretos a César Boaventura, empresário ligado ao futebol. Vieira explicou que a sua relação com Boaventura teve início quando este se apresentou como representante de um potencial cliente interessado num terreno que a sua empresa de imobiliário possuía.

Ao longo do testemunho, Vieira detalhou negócios que envolveram o Benfica e empresários estrangeiros. Segundo o ex-presidente, em parceria com o empresário inglês Ali Barat, o Benfica realizou negócios com o Inter de Milão relativos aos jogadores Gabriel Barbosa e Lisandro López. No entanto, Vieira assegurou que Boaventura não recebeu qualquer comissão nestas transações, que foram conduzidas diretamente entre o Benfica e o clube italiano.

Quando questionado sobre a possível participação de César Boaventura na transferência de Jeremy Sarmiento para os sub-17 do Benfica em 2018/2019, Vieira afirmou com convicção: 'Há uma coisa de que eu tenho certeza: nunca faturámos nada diretamente ao César'. O ex-presidente referiu-se novamente à colaboração com o empresário inglês Ali Barat neste negócio.

Relativamente às acusações de que César Boaventura teria dinheiro escondido no estrangeiro, Luís Filipe Vieira declarou: 'Então onde está o dinheiro? Nunca tive contas no Dubai. O senhor César, que está aqui, é que poderá explicar isso'.

No decorrer do julgamento, foram também abordados os casos dos jogadores Gedson Fernandes e Nuno Tavares. Segundo Vieira, Boaventura apresentou-se como representante de Gedson, mas o ex-presidente afirmou que apenas estaria interessado em propostas concretas pelo jogador. Já em relação à transferência de Nuno Tavares para o Arsenal, Vieira afirmou que decidiu não faturar qualquer custo de intermediação à empresa relacionada com Boaventura, após ter sido informado pelo diretor desportivo Rui Pedro Braz que foi ele quem negociou a venda do jogador.

O julgamento da Operação Malapata prosseguirá no dia 16 de novembro.

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