O Benfica atravessa um período de forte agitação após a surpreendente derrota para o Casa Pia, que acendeu os debates sobre a possibilidade de eleições antecipadas no clube. As opiniões dividem-se entre os que defendem a realização imediata de um novo ato eleitoral e os que consideram que primeiro é necessário uma profunda revisão estatutária.
Bruno Costa Carvalho critica "grande agitação" no Benfica
O ex-candidato à presidência do Benfica, Bruno Costa Carvalho, criticou a «grande agitação» que vê à volta do clube. Segundo ele, a conferência de imprensa de Bruno Lage «não esclareceu nada» e o treinador ficou «muito fragilizado» com a situação. Costa Carvalho acredita que Lage dificilmente terá condições para continuar caso o Benfica não consiga a qualificação para a Liga dos Campeões.
O dirigente considera que nem o presidente Rui Costa nem o treinador deveriam ter reagido ao áudio vazado, pois «deram importância a um tema que não a tinha». Ele afirma que não vê razão para eleições antecipadas e defende que Rui Costa deve levar o seu mandato até o fim.
Candidato João Diogo Manteigas rejeita eleições sem revisão estatutária
Já o candidato à presidência João Diogo Manteigas considera «inadmissível» a realização de eleições antecipadas sem que o processo de revisão estatutária esteja completado. Ele argumenta que os estatutos atuais estão «doentes e enfermos» e não podem ficar nas mãos dos «próprios visados». Manteigas defende que primeiro é preciso mudar a constituição do clube, tornando-a mais democrática, para depois avançar com um eventual processo eleitoral.
O candidato afirma que não pode haver eleições antecipadas ou qualquer outro ato eleitoral futuro sem um regulamento eleitoral «digno à imagem» do Benfica, que inclua debates entre candidatos e acesso aos cadernos eleitorais. Ele reforça que a vontade dos sócios deve ser respeitada acima de tudo.