Os últimos jogos do Benfica têm sido marcados por um número elevado de remates à baliza adversária. No jogo contra o Estoril, por exemplo, o Benfica permitiu que a equipa adversária disparasse por 15 vezes em direção à baliza de Trubin. Desde que Roger Schmidt assumiu o comando, apenas mais duas equipas conseguiram superar esse número: o Braga, em dois jogos, e o Inter, nesta época.
Comparando os números da presente temporada com a anterior, fica evidente o impacto das dificuldades defensivas. Enquanto na época passada o Benfica permitiu dez ou mais remates em apenas 27,3% dos jogos, nesta temporada essa percentagem subiu para impressionantes 63,6%. Além disso, a média de remates consentidos por jogo aumentou de 7,5 para 11,5, enquanto a eficácia de pontaria dos adversários baixou de 33,5% para 29,9.
Esses números preocupantes têm sido motivo de discussão interna dentro do clube. O treinador Roger Schmidt admitiu a falta de equilíbrio tático na equipa, o que tem levado os adversários a terem mais oportunidades de marcar: "Não estamos no melhor nível e às vezes o equilíbrio entre atacar e defender não é perfeito. Este ano estamos com mais dificuldade em jogar 90 minutos de alto nível taticamente e é por isso que os adversários têm mais oportunidades", declarou Schmidt.
Vários problemas têm sido identificados como causadores dessas dificuldades defensivas. A saída do jogador Gonçalo Ramos, que era peça chave no sistema tático de Schmidt, tem sido apontada como uma das razões para essa queda de rendimento. Os substitutos de Ramos não têm conseguido suprir essa falta, além do rendimento do trio à frente da dupla de médios também estar abaixo do esperado.
Outro problema identificado é a posição de Aursnes, que tem sido deslocado para as laterais de um quarteto defensivo, deixando a equipa mais exposta às transições rápidas dos adversários. Schmidt está em busca de soluções para corrigir esses problemas e melhorar o desempenho defensivo do Benfica.
É importante que o Benfica encontre uma solução para essas dificuldades defensivas, pois a equipa precisa de ter uma defesa sólida para alcançar os seus objetivos nesta temporada. Os próximos jogos serão cruciais para analisar se as alterações táticas e as soluções encontradas por Roger Schmidt surtirão efeito.