Médio a sério, a maior necessidade do Benfica

  1. Rui Costa recusou sacrificar Roger Schmidt como bode expiatório
  2. A recuperação do Benfica no campeonato e na Liga dos Campeões pode não ter sido valorizada
  3. Lage teve respostas sem adesão à realidade, como a observação de «muitas oportunidades de golo»
  4. Não se sabe bem o que esperar da equipa de Lage
  5. A maior prioridade para o Benfica é contratar um médio a sério, como Matic ou Javi García

O mercado de transferências está aberto e, como todos, também tenho uma opinião sobre o que mais falta ao Benfica. Um médio. Um médio a sério. E só me lembro de Matic.

Quando estiver a ler estas palavras o Benfica qualificou-se para a final da Taça da Liga ou ficou pela meia-final. Foram escritas antes do jogo e, no entanto, estou seguro de que o aqui está escrito continuará a ter relevância.

Época de altos e baixos


A época do Benfica — também do Sporting e FC Porto — tem sido de altos e baixos. A continuação de Roger Schmidt, que Rui Costa recusou sacrificar como bode expiatório de más exibições e maus resultados da temporada anterior, percebeu-se em quatro jogos e em menos de um mês de competição, foi um erro. Tudo levou a crer que entretanto corrigido com a substituição por Bruno Lage. Pouco mais de quatro meses depois da apresentação do atual treinador, porém, ninguém conseguirá dizer, com certeza, se foi a opção certa. Não é exclusivo do Benfica.

Incerteza sobre o Benfica de Lage


A recuperação do Benfica no campeonato e o desempenho na Liga dos Campeões pode não ter sido valorizado como se justificaria, mas isso agora pouco importará depois de a equipa ter voltado a suscitar muitas dúvidas.

A pressão dos adeptos que tinha sido aliviada com a saída do treinador alemão e com vitórias atrás de vitórias foi recuperada com duas derrotas seguidas, com Sporting e SC Braga, ambas no campeonato.

A incerteza sobre o que esperar, neste momento, de uma equipa que já ganhou 4-0 ao Atlético de Madrid e 4-1 ao FC Porto e acabou de sofrer duas derrotas seguidas, depois da queda do nível das exibições e da forma de alguns jogadores, não só tem a força de corroer a esperança como de alimentar a crítica. Quando o Benfica de Lage deveria estar a progredir o que se viu, naqueles jogos, é que regrediu. Isso entrou pelos olhos de quem vê e gosta de futebol há muito tempo.

Insuficiente explicação de Lage


Não menos importantes foram a falta de respostas do treinador em campo e algumas respostas dele sem adesão à realidade, como a observação de «muitas oportunidades de golo produzidas pela equipa nos dois últimos jogos do campeonato».

Seria preciso mais tempo, espaço e conhecimento para avaliar algumas explicações técnicas e táticas de Lage. O que é fácil é concluir que não se sabe bem o que esperar da equipa. Mal ou bem, muito ou pouco, sabe-se o que esperar do City de Guardiola, do United de Amorim, há identidade e impressão digital, sejam os resultados bons ou maus.

Um médio a sério, a maior prioridade


O mercado de transferências está aberto e, como todos, também tenho opinião sobre o que mais falta ao Benfica. Um médio. Mas um médio a sério. E só me lembro de Matic. Ou de Javi García, vá lá. Talvez o Benfica não queira ir por aí. E isso também pouco interessa ao caso.

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