As declarações recentes de Bruno Lage, Vítor Pereira e Rúben Amorim, treinadores do Benfica, FC Porto e Sporting, respetivamente, são um reflexo do fraco nível exibicional dos três grandes clubes neste início de época.
São esses jogos de 1-0 [triunfo do Benfica diante do Vitória] que vão fazer a diferença, afirmou Bruno Lage, enquanto Vítor Pereira considerou que Foi uma vitória que valeu apenas um ponto [empate do FC Porto com o Famalicão]. Já Rúben Amorim disse que A nossa equipe [Sporting frente ao Boavista] esteve ao nível do clube.
Estas declarações, segundo o articulista Bruno Andrade, demonstram que o futebol português está a aceitar ser "nivelado por baixo", com os treinadores a terem discursos "resignados, pouco ambiciosos e repleto de lugares-comuns".
Andrade considera que, apesar de Lage, Pereira e Amorim não serem "exímios comunicadores", eles "poderiam - ou deveriam - querer mais. Exigir mais" quando falam publicamente. O autor lamenta a falta de Amorim, que nos últimos anos trouxe "futebol e comunicação de alto nível", mas afirma que isso não pode servir de desculpa, uma vez que ainda existe "uma diferença abismal de competitividade e investimento para outros 15 clubes da elite".
Deste modo, Andrade conclui que o futuro campeão nacional "caminha para ser o 'menos pior', dentro e fora das quatro linhas".