Novo processo contra o criador do Football Leaks
Rui Pinto, o alegado responsável pelo Football Leaks, vai ser julgado num novo processo no qual é acusado da autoria de 242 crimes: 201 de acesso ilegítimo, 23 de violação de correspondência agravado e 18 de dano agravado. Estes crimes estão relacionados com o acesso a emails do Benfica e de outras entidades.
A defesa de Rui Pinto contestou este julgamento, mas os advogados do Benfica já responderam, responsabilizando-o pelo facto de emails do clube terem chegado ao FC Porto. Segundo o Público, o Benfica afirma no documento que «é o próprio arguido que admite ter divulgado a correspondência electrónica dos colaboradores do Sport Lisboa e Benfica a terceiros, designadamente, a órgãos de comunicação social».
Benfica rejeita alegação de Rui Pinto ser um «whistleblower»
Os advogados das águias refutam os argumentos de Rui Pinto, sublinhando que «o arguido não é, nem nunca foi, um whistleblower [denunciante], nem no contexto jurídico, nem no que parece querer que seja um conceito social». «É um hacker que agiu motivado por interesses puramente pessoais - noutro processo comprovadamente também patrimoniais -, e que ao ser capturado procurou convencer-se a si e às autoridades, num caso com lamentável sucesso, da nobreza das suas intenções», consideram.
Segundo o Público, o Benfica entende que a «gravidade dos factos praticados está à vista» e queixa-se ainda de uma violação do direito comercial, face ao teor das comunicações espiadas.