Mercado de transferências do Benfica: avaliação e dúvidas

  1. Bah repete a tendência para lesões que o afastam da competição
  2. Tomás Araújo e António Silva numa luta acesa pelos lugares iniciais no Benfica e na Seleção
  3. Otamendi pode levar a nova aposta renovadora no Benfica

Com o campeonato nacional em pausa, as atenções voltam-se para o próximo mercado de transferências. Tempos houve em que os plantéis ficavam definidos à partida para uma época inteira, mas esse "sossego perdeu-se, provavelmente para sempre", como refere Rui Águas, antigo jogador e comentador desportivo.

Concluir o reforço das equipas é um "trabalho atempado importante das direções dos clubes", tendo em conta as suas ambições e realidades financeiras. No caso do Benfica, várias dúvidas parecem ser ponderadas.

Defesa: Bah, Kaboré e a luta pelos lugares


Considerar trocar a atual alternativa a Bah parece ser uma das hipóteses fortes, diz Rui Águas. Kaboré, mesmo com potencial, confirma dificuldades neste seu novo passo e o tempo nos grandes clubes não pára. Já Bah repete a sua tendência para as lesões que o afastam da competição com alguma frequência.

No centro da defesa, mantém-se a qualidade de Tomás Araújo e António Silva, numa luta curiosa e acesa pelos lugares iniciais, quer no Benfica, quer na nossa Seleção. Este duelo é especial pelas diferentes preferências de Lage e Martínez, com Tomás Araújo a assumir a preferência e a titularidade no Benfica, enquanto António Silva continua a ser a escolha na Seleção.

Otamendi e o futuro incerto


Quanto a Otamendi, se vai ou fica é igualmente uma questão atual, e pertinente, que pode levar a nova aposta renovadora nesta eventual vaga. Rui Águas considera que a avaliação entre o que se ganha e o que se perde deve ser bem medida e com critério.

Frente de ataque: Arthur Cabral e possíveis alternativas


Sonha-se com golos, porque no Benfica quer-se sempre mais e, embora venha fazendo por isso, a verdade é que Arthur Cabral tarda em reafirmar a sua capacidade goleadora, reflete Rui Águas. O comentador questiona se haverá cara nova em alternativa a Pavlidis ou se a batalha de Cabral continua e ainda dará resultados.

Por fim, Rui Águas aborda a carreira de Pepe, considerando que acabar como titular absoluto do seu clube e da Seleção Portuguesa aos 41 anos é algo próximo do inacreditável, apesar de ter sido consensual pela sua capacidade indiscutível, mas não tanto para os adversários, dada a excessiva dureza que o marcou em fases mais anteriores da sua carreira. No final, Pepe foi indiscutivelmente um grande defesa, talvez o melhor central que por cá vimos nas últimas décadas.