A derrota do FC Porto por 3-0 no clássico com o Benfica deixou os adeptos portistas em estado de choque. Desde a temporada de 1975/76 que os azuis e brancos não encaixavam nove golos nos três primeiros jogos da temporada contra os outros candidatos ao título, mas os números são apenas uma consequência dos problemas que os três adeptos portistas inquiridos por O JOGO detetam na equipa.
«O nível foi muito baixo, quase zero»
O que se viu foi uma equipa que não teve ligação, consistência, velocidade de execução e falhou, sobretudo, onde era mais forte, que era nas segundas bolas e na pressão alta. Tudo isso eram características próprias da equipa, que sempre se viram. Mesmo quando era mais fraca, havia garra e vontade, que era um suplemento de força. No clássico só vi isso no Benfica. Ver aquela impotência e incapacidade até foi o mais confrangedor., garantiu Álvaro Magalhães, escritor e membro do Conselho Superior do FC Porto.
Magalhães acredita que o «raspanete» dado por André Villas-Boas à equipa tenha sido feito «com a intenção de despertar a equipa», mas admite que «falta saber se os raspanetes têm efeitos práticos». «Espero que sim, porque a equipa tem de mudar. O nível que se viu no Estádio da Luz foi muito baixo, quase zero. E a equipa já mostrou, noutras ocasiões, qualidade e valor para fazer mais. Foi um apagão.»
«A margem dele é muito curta»
Quanto à margem de erro de Vítor Bruno, Magalhães considera que «depois de derrotas em quase todos os jogos importantes, incluindo o empate com o Manchester United, que soube a derrota, a margem dele é muito curta. Parece-me evidente que o estado de graça que tinha se foi.»
Segundo Magalhães, «no clássico só vi isso no Benfica. Ver aquela impotência e incapacidade até foi o mais confrangedor.»