Miguel Zorío Pellicer, antigo vice-presidente do Valência entre 2009 e 2010, apresentou uma denúncia no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), visando as sociedades desportivas do Benfica, Valência e o empresário português Jorge Mendes, além do proprietário do clube espanhol, Peter Lim, por alegados crimes de corrupção internacional e branqueamento de capitais.
De acordo com o antigo dirigente, estão em causa quatro contratações feitas pelo emblema ché aos encarnados: João Cancelo (15 milhões de euros), André Gomes (15 milhões de euros), Enzo Pérez (25 milhões de euros) e Rodrigo Moreno (30 milhões de euros), que totalizam um montante de 95 milhões de euros, já com dez milhões de euros de bónus resultantes da posterior venda do dianteiro brasileiro.
Pellicer alega que «apenas 53,7 dos 95 milhões chegaram aos cofres do Benfica», acreditando que o restante dinheiro foi «desviado para benefício de Peter Lim e Jorge Mendes, com a conivência do Benfica, então presidido por Luís Filipe Vieira». O antigo dirigente considera «estranha» esta situação e quer que seja investigada a relação entre as duas SAD e o empresário que acertou os negócios.
A denúncia apresentada aponta para «corrupção internacional» nestes negócios envolvendo Benfica, Valência e Jorge Mendes.