Miguel Zorío, antigo vice-presidente do Valencia entre 2009 e 2010, apresentou esta semana, no Ministério Público português, uma denúncia por alegados crimes de corrupção internacional e branqueamento de capitais, entre outros, contra as Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) do Benfica e do Valencia, o empresário Jorge Mendes e os auditores das duas sociedades.
Com esta queixa, Zorío pretende que sejam investigadas as transferências de jogadores como Rodrigo Moreno, André Gomes, João Cancelo e Enzo Pérez, do Benfica para o Valencia, bem como a saída de Jonas, que rumou à Luz como jogador livre, depois de ter rescindido com o clube espanhol.
Contudo, em Espanha, uma denúncia semelhante foi recusada há quatro anos. Em agosto de 2020, António Sesé, antigo conselheiro do Valencia, apresentou uma queixa no Tribunal de Instrução de Valência contra Peter Lim, o dono do clube, e Jorge Mendes, acusando-os de crimes como branqueamento de capitais. No entanto, em outubro desse ano, a juíza María Isabel Rodríguez considerou não haver indícios suficientes para sequer abrir uma investigação.
Para o jornalista Vítor Almeida Gonçalves, é fácil lançar suspeitas mas difícil fazer provas. O tempo da justiça continua a ser muito diferente do tempo dos factos, atirou, no programa 'Record na Hora', no Now.