O Benfica reencontra esta noite o Feyenoord, adversário que enfrentou num jogo de pré-temporada, numa altura em que a esperança de um «regresso» do treinador Roger Schmidt ainda estava viva e o clube vivia numa ilusão. Muitos jogos depois (muitos porque mal a Liga começou se percebeu que o germânico podia estar em apuros), Bruno Lage pegou na equipa e percebeu-se que começou por resolver o meio-campo.
Kokçu e Aursnes foram uma dupla de sucesso no adversário que o Benfica defrontam esta noite na Luz. O turco capitão, estrela maior, o norueguês mais discreto, mas, viu-se no Benfica, com uma capacidade tremenda de se camuflar e ser o trabalhador incansável que qualquer meio-campo necessita.
A ideia de Bruno Lage
Como se viu, e provavelmente vai ver nesta noite na Luz, a ideia de Lage passou pela antiga dupla de Feyenoord. Não, o meio-campo do Benfica não passa apenas por eles os dois, mas a ideia original é aquela. Provavelmente, Lage pensou se Kokçu e Aursnes tiveram sucesso em Roterdão, como poderiam ter em Lisboa?
«Desde logo, com Florentino», refere o texto. Mas retirado o português da equação, quando se diz que Bruno Lage pôs os jogadores nas posições certas, passou por este pensamento de recuperar Orkun e Fredrik.
O norueguês, a estrela discreta
Agora, provavelmente também, é o norueguês que é a estrela discreta enquanto o turco recupera a reputação e a alegria. Aursnes é capaz de surpreender qualquer treinador, pois a amplitude do seu jogo é imensa e a sua adaptabilidade um fator determinante.
«Falta, talvez, a parte menos visível, mas que começa a notar-se. A sua liderança.» O Benfica vai perder, em breve, algumas das suas referencias. Di María e Otamendi, um mais líder que o outro, no sentido que o central é capitão e mais vocal do que o compatriota, e precisa de novos líderes. Aursnes está na fila da frente para essa sucessão, independentemente da braçadeira.