Cinco jogadores com passado por Feyenoord e Benfica recordam experiências antes do jogo milionário

  1. Bruno Basto jogou no Benfica e Feyenoord
  2. Aursnes e Kökçü são os únicos jogadores atuais que representaram Feyenoord e Benfica
  3. Bruno Basto foi contratado por Ruud Gullit para jogar no Feyenoord
  4. Bruno Basto conviveu com grandes nomes do futebol português no Benfica

Encontro histórico entre Feyenoord e Benfica na Champions


As equipas de Feyenoord e Benfica defrontam-se esta quarta-feira, na Liga dos Campeões, num reencontro histórico entre dois clubes com laços especiais. Apenas cinco jogadores na história representaram ambas as equipas, sendo que dois deles, Fredrik Aursnes e Orkun Kökçü, ainda integram o plantel encarnado.

De modo a recordar os tempos desses jogadores que fizeram a transição entre Roterdão e Lisboa, o zerozero foi encontrar um deles, Bruno Basto, atual agente desportivo, que partilhou as suas memórias únicas deste percurso invulgar.

Ruud Gullit convence Bruno Basto a rumar ao Feyenoord


«Fui contratado pelo Ruud Gullit. Estava no Bordeaux. Foi uma transição diferente, para um grande clube, num campeonato diferente. Tinha feito quatro anos de excelência no Bordeaux e estava à procura de algo novo. O Ruud Gullit começou a ligar-me e lá me convenceu a transferir-me para o Feyenoord», recorda Bruno Basto, de 46 anos, que jogou em Roterdão durante um ano e meio.

Apesar da adaptação inicial, a curta passagem do antigo lateral-esquerdo pelo Feyenoord terminou com a saída do treinador holandês. «Eu era mais próximo dos brasileiros, pela questão da língua, mas como falava muito bem francês fiquei próximo do Salomon Kalou, do Karim Saidi, o central tunisino, e do Hossam Ghaly, do Egito. Também sou uma pessoa dada, que queria dar-me com todos. Mas com esses últimos tínhamos aulas de neerlandês juntos e criámos uma proximidade diferente. Eram muitas horas juntos.»

Formação e início da carreira no Benfica


Antes da experiência em França e Países Baixos, Bruno Basto esteve largamente ligado ao Benfica, clube onde fez toda a formação e os primeiros anos enquanto sénior. «Infelizmente, na altura em que passei pelo futebol profissional, o Benfica passava por momentos conturbados e difíceis, muitos deles públicos, da gestão do presidente Vale e Azevedo. Nem tem comparação para aquilo que o Benfica é hoje em todos os aspetos.»

O antigo defesa recorda ter convivido com grandes figuras do futebol português, como Nuno Gomes, Poborsky, Deco, Maniche ou João Vieira Pinto, sem, no entanto, ter conquistado títulos durante a sua passagem pelas Águias.

Expectativas para o jogo desta quarta-feira


Apesar de já terem defrontado esta temporada, Bruno Basto acredita que o Benfica deve ser o favorito para o encontro desta quarta-feira, na Liga dos Campeões. «São competições diferentes, com momentos para as duas equipas completamente diferentes. Espero que seja um bom jogo, com duas equipas. Sendo português, e sendo o Benfica um dos clubes mais importantes do meu trajeto como jogador, gostava que o Benfica vencesse.»

Aursnes revela ansiedade pelo reencontro com o Feyenoord


Por sua vez, o médio do Benfica, Fredrik Aursnes, também abordou o reencontro com o seu antigo clube. «Estou muito ansioso por jogar contra a minha antiga equipa. Sei perfeitamente que eles têm a capacidade para fazerem um bom jogo, faltam-nos seis jogos e estamos focados no jogo de amanhã», revelou o norueguês.

Aursnes, que se adaptou bem à sua nova posição no meio-campo encarnado, fez ainda uma comparação entre a I Liga portuguesa e a Eredivisie holandesa: «Têm semelhanças, há quatro equipas com mais orçamento do que as restantes, são Ligas parecidas na qualidade também e penso que existem parecenças na classificação geral.»

Elogios de Aursnes à transição para a era Schmidt no Benfica


Por fim, o médio norueguês elogiou a chegada de Roger Schmidt ao Benfica, realçando a facilidade com que a equipa tem aplicado as ideias do treinador alemão. «O Benfica tem estado bem e creio que Lage chegou com muita energia, entusiasmo. Acho que a maneira que estamos a jogar encaixa perfeitamente no plantel. É muito mais fácil perceber o que o treinador pretende e executá-lo em campo.»