Estrela em ascensão
Depois de brilhar no AZ Alkmaar, Pavlidis chegou ao Benfica no verão passado com a expectativa de se tornar uma referência na frente de ataque das Águias. Apesar de ter marcado dois golos e dado uma assistência até ao momento, o ponta-de-lança grego tem vivido um arranque de época aquém do esperado.
Titular indiscutível, primeiro com Roger Schmidt e depois com Bruno Lage, Pavlidis tem sido uma peça importante na dinâmica ofensiva da equipa. No entanto, este tem sido o seu pior início de temporada desde que se tornou profissional, algo que surpreende quem o conhece bem, como Adrie Koster, treinador que o orientou no Willem II.
Golo em Wembley pode ser decisivo
O bom momento de Pavlidis na seleção grega, com dois golos na vitória por 2-1 sobre a Inglaterra em Wembley, pode ser um fator chave para o seu ressurgimento no Benfica. «Marcar dois golos foi importante para Pavlidis. Quando estás habituado a fazer golos e vives disso, é fulcral marcares em determinados momentos. E este jogo com a Inglaterra pode ser um deles. Dá outra confiança a Pavlidis», afirma Adrie Koster, em declarações a O JOGO.
O antigo treinador do Willem II acredita que os dois golos marcados pela Grécia «podem ser importantes, vão ajudá-lo e podem libertá-lo, até mesmo a nível psicológico». Koster reforça ainda que «não penso que tenha dúvidas nele próprio, vai ter sucesso, estou seguro disso».
Adaptação ao Benfica
O Benfica investiu 18 milhões de euros na contratação de Pavlidis, uma aposta forte no jogador que brilhou no AZ Alkmaar. Tal como aconteceu na mudança para os Países Baixos, o avançado grego está a revelar algumas dificuldades na relação com a baliza, tendo apenas dois golos e uma assistência até ao momento.
Adrie Koster, que foi decisivo na aposta do Willem II em Pavlidis em 2019, acredita que o jogador vai ultrapassar este momento. «Não tenho dúvidas de que ele é um goleador e que pode fazer muitos golos. Quando não marcas tens de saber lidar com isso, mas também há que habituar-se à forma de jogar do clube. Pode marcar de qualquer lugar e fê-lo sempre onde esteve. Passou para um nível ainda mais elevado, mas o AZ também é um clube de topo nos Países Baixos.»
Versatilidade e evolução
Decisivo na aposta do Willem II em Pavlidis, em janeiro de 2019, Adrie Koster relembra a razão dessa escolha. «Era muito jovem quando chegou da Alemanha, lá não tinha muito tempo de jogo, mas vimos que tinha talento e fizemos a escolha certa. Ali ele teve espaço e possibilidade para evoluir e desenvolver-se», afirma o técnico neerlandês.
Koster revela ainda que Pavlidis desempenhou várias funções consigo no Willem II, podendo jogar como '10' e também como extremo-esquerdo. «Isso deu-lhe maior conhecimento do jogo, mas acredito que a sua melhor posição é como ponta-de-lança, é onde rende mais», conclui.