Novos tempos no Benfica
Com a chegada de Bruno Lage ao comando do Benfica, os jovens talentos Andreas Schjelderup e Gianluca Prestianni enfrentam uma nova fase na sua carreira. Contratados no último mercado de transferências, os dois extremos de 20 e 18 anos, respetivamente, têm tido utilização reduzida devido às alterações táticas e à chegada de novos reforços.
Apesar disso, o Benfica continua a acreditar no potencial destes dois jogadores e espera que, com o desenrolar da época, tenham oportunidade de mostrar o seu valor na equipa principal.
O caso de Andreas Schjelderup
Andreas Schjelderup, extremo norueguês de 20 anos, foi contratado em janeiro de 2023 aos dinamarqueses do Nordsjaelland por 14 milhões de euros. Com a chegada de Di María e a aposta do anterior treinador, Roger Schmidt, em Aursnes para o corredor esquerdo, «o próprio jogador pediu para ser emprestado para continuar a ter minutos». Após um brilhante regresso ao Nordsjaelland, onde marcou 10 golos e deu 11 assistências em 38 jogos, Schjelderup regressou ao Benfica, mas uma entorse no tornozelo esquerdo sofrida num jogo particular atrasou a sua recuperação.
Nesta temporada, Schjelderup apenas foi utilizado aos 73 minutos do jogo com o Santa Clara, que foi também o primeiro de Lage no banco do Benfica. «Schjelderup ficou, inclusivamente, de fora da convocatória para o último jogo, em casa do Nacional da Madeira (do qual apenas foram jogados 8 minutos porque o desafio foi suspenso devido ao nevoeiro na Choupana), mas, segundo apurámos, tal ficou a dever-se também pela necessidade de o jovem atacante viajar mais cedo para se juntar à seleção de sub-21 da Noruega», refere o texto.
Com as contratações de Akturkoglu, Amdouni e Beste, a concorrência para o norueguês aumentou, mas o Benfica continua a acreditar no seu potencial.
O caso de Gianluca Prestianni
Já Gianluca Prestianni, extremo argentino de 18 anos, contratado em janeiro ao Vélez Sarsfield por 9,4 milhões de euros, teve uma situação diferente. Sob o comando de Roger Schmidt, Prestianni fez os primeiros quatro jogos desta temporada como titular, mostrando «futebol irreverente» e tornando-se «num dos mais acarinhados pelos adeptos».
No entanto, com a chegada de Bruno Lage e a mudança de sistema tático, Prestianni «nos 30 minutos em que foi lançado pelo novo técnico, foi extremo e sobretudo como alternativa ao astro e compatriota Ángel Di María».
Apesar da pouca utilização até ao momento, o Benfica acredita no potencial de Prestianni e não descarta a possibilidade de uma cedência a título temporário, em janeiro ou no final da época, após uma avaliação.
A luta por mais minutos
Além de Schjelderup e Prestianni, outro jogador que espera por mais oportunidades é Arthur Cabral. O ponta de lança brasileiro, que no verão esteve na porta de saída por não se enquadrar bem no que queria Schmidt, surge agora como o terceiro na hierarquia das referências ofensivas, atrás de Pavlidis e Amdouni.
«Com características mais posicionais, enquanto ponta de lança, Cabral tem, no entanto, rendimento positivo sempre que joga. Com Bruno Lage no comando, o brasileiro tem um golo marcado em 34 minutos divididos pelos jogos frente a Santa Clara, Boavista e Gil Vicente», refere o texto.
Oportunidade na Taça de Portugal
Apesar da pouca utilização até ao momento, Schjelderup, Prestianni e Cabral terão a oportunidade de se mostrarem no próximo dia 19, quando o Benfica recebe o Pevidém, na Taça de Portugal. Esta será uma chance para os jovens talentos lutar por mais minutos na equipa principal.