A exposição de Vieira na CMTV e a necessidade de mudança no futebol português

  1. Luís Filipe Vieira utilizou repetidamente o termo 'mano' na entrevista
  2. Pascoal Sousa considera que a exposição de Vieira demonstra que o ex-presidente colocava os seus interesses acima dos do Benfica
  3. Sousa destaca a eleição de Villas-Boas no FC Porto, a consolidação da liderança de Frederico Varandas no Sporting e a presença de Alexandrina Cruz na presidência do Rio Ave como sinais positivos de mudança no futebol português
  4. Sousa defende que o futebol português deve focar-se em aspetos como as famílias nos estádios, claques registadas e controladas, sócios recompensados, treinadores falarem mais de futebol e menos de arbitragens, e comunicação mais livre e fluida dos clubes

A recente entrevista de Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica, à CMTV, deixou muitos adeptos e observadores do futebol português perplexos. Durante a entrevista, Vieira utilizou repetidamente o termo "mano", criando a sensação de que se encontrava num "planeta dos manos", rodeado de "bué de manos" e com um "flow" próprio.

Para o jornalista Pascoal Sousa, esta exposição de Vieira numa fase em que o Benfica se encontrava fragilizado demonstra que o ex-presidente colocava os seus interesses acima dos do clube. Sousa lamenta que Vieira não tenha sido aconselhado por "amigos honestos" a não se expor desta forma.

A necessidade de libertar o futebol português de "certos vícios do passado"

O jornalista aproveita a entrevista de Vieira para refletir sobre a necessidade de o futebol português se libertar de "certos vícios do passado". Neste sentido, Sousa destaca a eleição de Villas-Boas no FC Porto, a consolidação da liderança de Frederico Varandas no Sporting e a presença de Alexandrina Cruz na presidência do Rio Ave como sinais positivos de mudança.

Para Sousa, o "presente" do futebol português deve estar focado em aspetos como "as famílias nos estádios, as claques registadas e controladas, os sócios que pagam as quotas recompensados pela sua fidelidade, os treinadores falarem mais de futebol e menos de arbitragens, a comunicação dos clubes ser mais livre e fluida". Estas são realidades que contrastam com o "planeta dos manos" retratado por Vieira na sua entrevista.

Conclusão: Rumo a um futebol mais transparente e focado nos adeptos

Em conclusão, o jornalista considera que a exposição de Vieira na entrevista à CMTV reforça a necessidade de o futebol português se libertar de "certos vícios do passado" e caminhar para um presente mais focado nos adeptos, na transparência e na valorização do jogo em si.

Andrade analisa época do FC Porto: "Tem que jogar bem, não chega só ganhar"

  1. "O FC Porto tem que melhorar visto que não é a imagem dele. No último jogo [frente ao Casa Pia] já venceu. Ganhar é importante mas os sócios portistas são muito exigentes, ganhar não chega, tem que jogar bem também" - Jorge Andrade
  2. "um ano zero no FC Porto, com a mudança de direção, mudança de estratégia. É ter muita paciência porque esta caminhada não se faz em dois dias e o FC Porto tem que estar é unido" - Jorge Andrade
  3. "a luta pelo título nacional está a ser uma prova em que os da frente estão a perder muitos pontos, quem ganhar deve ser um dos campeões com menos pontos. Daí que vai ser emoção até ao fim mas porque existem muitos erros. É ver quem vai ser o menos mau a vencer" - Jorge Andrade
  4. "em Portugal, se a arbitragem não fosse posta em causa era um milagre. Por isso não é novidade nenhuma mas, desde que seja tudo feito na base do respeito, penso que não vai haver qualquer tipo de problema. As equipas têm que tentar os seus objetivos e serem cordiais, vamos ver o que va acontecer" - Jorge Andrade