Clubes portugueses pedem alívio da carga fiscal para manterem competitividade na Europa

  1. Clubes portugueses pedem alívio da carga fiscal para manterem competitividade na Europa
  2. Carga fiscal em Portugal está muito acima da média europeia
  3. Modelo de negócio dos clubes portugueses é replicável por outros mercados
  4. Descida de Portugal no ranking da UEFA representa perda de 40 milhões de euros

Desafios da carga fiscal


Os principais clubes de futebol portugueses - Sporting, Benfica, FC Porto e Sporting de Braga - manifestaram preocupação com a competitividade das suas equipas no panorama europeu. O problema estaria relacionado com os elevados custos de contexto a que estão sujeitos em Portugal.

No encerramento da cimeira Thinking Football, no Porto, os responsáveis financeiros destes emblemas analisaram os desafios colocados pela carga fiscal no país, que consideram estar "muito acima da média" europeia.

Modelo de negócio replicável


Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting com o pelouro da área financeira, alertou que o modelo de negócio dos clubes portugueses, assente na formação e valorização de ativos, é "replicável" por outros mercados, como a Turquia, Bélgica e Holanda, que poderão ultrapassá-los caso comecem a investir na formação.

«Fazemos omeletes com poucos ovos. Hoje ainda temos um modelo de negócio bem definido, mas replicável. Estamos a falar de mercados com os quais somos comparativamente pequenos. Temos mercados como a Turquia, a Bélgica, a Holanda, que trabalham pouco a formação, mas, no dia em que começarem a trabalhar esse aspeto, vão ultrapassar-nos», salientou Salgado Zenha.

Perda de competitividade internacional


José Pereira da Costa, administrador financeiro da SAD do FC Porto, lembrou a descida de Portugal no ranking da UEFA, que representa uma "perda de cerca de 40 milhões de euros" para o país, devido à redução de equipas portuguesas nas competições europeias.

«O facto de termos passado de sexto para sétimo e termos perdido mais uma equipa na Liga dos Campeões representa perda para Portugal à volta de 40 milhões de euros (ME). Se não atuarmos depressa, pode ser pior», previu Pereira da Costa.

De acordo com o mesmo responsável, ter os custos de contexto "alinhados com a média europeia" ao nível do IRS, IVA e seguros de acidentes de trabalho, poderia representar uma redução de 4 a 5% na margem sobre as receitas operacionais do FC Porto, excluindo vendas de jogadores, ou seja, uma poupança de 7 a 8 milhões de euros.

Apelos a medidas de alívio fiscal


Nuno Catarino, recém-entrado na SAD do Benfica, também realçou a necessidade de garantir receitas de diferentes formas para fazer face ao contexto adverso, lembrando que a "economia portuguesa é a 19.ª da Europa" e que o "risco é real" de perda de competitividade.

Cláudio Couto, administrador executivo do Sporting de Braga, mostrou-se preocupado com a legislação vigente, nomeadamente a taxa de 23% de IVA na bilhética e os custos elevados com seguros de acidentes de trabalho.

«O IVA passou a 23% com expectativa de que fosse momentâneo, mas, em 2017, todos os espetáculos viram a taxa voltar a 6%, menos o futebol. Também pagamos faturas altíssimas em seguros de acidentes de trabalho. Assistimos a casos tão simples como um atleta que num lance tenha um pequeno corte no sobrolho, seja assistido, não saia do jogo, não é acionado seguro e, passado uns anos, o atleta vem reivindicar uma questão estética», concluiu Cláudio Couto.

Os responsáveis financeiros dos clubes portugueses apelaram, assim, a medidas que permitam aliviar a carga fiscal, de modo a manter a competitividade das suas equipas no contexto europeu.

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