Benfica apresenta prejuízo de 31,36 milhões de euros na época 2023/24

  1. Prejuízo de 31,36 milhões de euros na época 2023/24
  2. Resultado com transações de atletas menos expressivo que nos anos anteriores
  3. Desempenho desportivo nas competições europeias inferior ao da época anterior
  4. Passivo da SAD cresceu 8,7% para 483 milhões de euros

Resultados financeiros afetados pelo desempenho desportivo


A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Benfica apresentou, neste domingo, os resultados financeiros referentes à temporada 2023/24, que se saldaram num prejuízo de 31,36 milhões de euros. Depois de terem registado resultados positivos em 2022/23, com um lucro de 4,213 milhões de euros, as águias voltaram agora ao sinal negativo, tal como tinha acontecido em 2021/22 e 2020/21.

O conjunto encarnado justificou este resultado com o facto de o «resultado com transações com direitos de atletas ter sido menos expressivo do que nos anos anteriores» e com o cenário de «o desempenho desportivo nas competições europeias ter sido inferior ao realizado na época anterior», segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Crescimento do passivo e do ativo


Neste exercício ainda não entraram, por exemplo, as transferências de David Neres, João Neves, Morato e Marcos Leonardo. O documento enviado à CMVM indica ainda que o passivo da SAD teve um crescimento de 8,7%, estando agora fixado em cerca de 483 milhões de euros. Por seu lado, o ativo situa-se agora nos 565,225 milhões de euros.

«Os gastos operacionais sem direitos de atletas equivalem a um montante de 207,3 milhões de euros, o que representa um ligeiro crescimento de 0,5% face ao valor de 206,4 milhões de euros apresentado no período homólogo, sendo de referir que o aumento verificado nos fornecimentos e serviços externos foi compensado pela redução registada nos gastos com o pessoal», pode ler-se no documento.

Rui Costa comenta resultados


Após a divulgação do Relatório e Contas, Rui Costa, presidente do Benfica, emitiu uma nota a justificar os valores apresentados. «Sem rodeios, em respeito pela nossa ambição e a nossa história, temos de reconhecer que a época ficou aquém do que pretendíamos no plano desportivo, onde tínhamos fundadas e legítimas aspirações de conquistar o 39.º título», começou por dizer o líder máximo das águias.

Rui Costa admitiu que «o equilíbrio económico do exercício poderia ter sido facilmente alcançável se as movimentações de mercado tivessem avançado mais cedo, ao invés de proteladas para depois do Campeonato da Europa». Caso contrário, «teria sido natural um resultado positivo, em linha com o primeiro semestre, a reforçar a robustez da Benfica SAD, cujos capitais próprios continuam elevados e num patamar sem paralelo no futebol nacional».

O presidente do Benfica garantiu que «a sustentabilidade económica da Benfica SAD está, indubitavelmente, assegurada, não se indiciando qualquer risco quanto ao cumprimento dos critérios financeiros da UEFA».