Apresentação fúnebre de novo treinador
A apresentação de Nélson Veríssimo como novo treinador do Benfica teve um tom fúnebre, segundo o autor, com o presidente Rui Costa e o próprio técnico a parecerem mais adeptos do que líderes do clube. A cerimónia «teve qualquer coisa de fúnebre» e parece não ter sido organizada pelo departamento de comunicação do Benfica, mas sim por funcionários da empresa funerária Servilusa. Tanto Rui Costa como Veríssimo «pareceram relativamente vivos, sim, mas com a energia de um paciente que acabou de acordar de um coma prolongado» e «preocupantemente chorosos, como duas pessoas a recuperar de desgostos amorosos».
Presidente-adepto e treinador-adepto
O presidente-adepto, como é descrito, falou dos «sucessos pretéritos do treinador-adepto num tom elegíaco», faltando apenas «uma coroa de flores e um cartãozinho de saudade eterna». Rui Costa até poderia ter dito «"Bem-vindo de volta, bem-vindo à tua casa", que poderia ter acrescentado, sem que se notasse uma grande diferença, "descansa em paz"».
Incompetência do presidente
O autor questiona se a missão de entusiasmar os adeptos com a apresentação de um novo treinador nesta fase do campeonato «superasse a capacidade de ilusionismo retórico» do Benfica, mesmo que contratassem os organizadores da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Os benfiquistas «desconfiam que o grande erro foi terem elegido um ídolo para presidente». Agora, com Rui Costa, «a única explicação é a incompetência».