Pressão orçamental é o principal fator de despedimento de treinadores, revela estudo

  1. Análise a 598 treinadores em 6 ligas europeias entre 2009/10 e 2019/20
  2. Benfica tem custo por ponto "muito mais alto" que rivais
  3. Equipas com orçamentos abaixo de 10M€/ponto seguram 93% dos treinadores, contra 50% nas acima de 10M€/ponto

Análise a 598 treinadores em 6 ligas europeias

Um estudo publicado na revista "Applied Economics" analisou 598 treinadores e 1.074 mudanças no cargo entre as épocas 2009/10 e 2019/20, nas principais ligas de Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Portugal. Os autores, Paulo Reis Mourão e Paulo Araújo, concluíram que a saída de um treinador se torna mais provável quanto maior for o custo médio por ponto da sua equipa.

A pressão financeira, nomeadamente a do orçamento, condiciona muito a vida do treinador. Isso significa que um treinador que chegue a uma equipa com exigência financeira grande é um treinador que, desde as primeiras jornadas, tem de mostrar vitórias consecutivas, explicou Paulo Reis Mourão, docente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho.

Benfica com "custo por ponto muito mais alto" que rivais

Numa alusão à época em curso, o investigador realça que o Benfica, sétimo classificado da I Liga, com sete pontos, apresenta um custo por ponto "muito mais alto" do que os de Santa Clara ou Famalicão, ambos com nove pontos, e já efetuou uma troca de treinador, com Bruno Lage a suceder a Roger Schmidt.

O estudo indica que, num determinado período de 10 jornadas, os clubes com orçamentos iguais ou superiores a 10 milhões de euros por ponto "seguram", em média, 50% dos treinadores, enquanto as formações com orçamento inferior a 10 milhões exibem uma percentagem de 93%.

Um treinador com orçamento mediano ou mais baixo terá um estímulo muito maior para a sua 'sobrevivência' por cada vitória ou empate. Nas derrotas, terá uma paciência maior por parte da direção, acrescenta Paulo Reis Mourão, vincando que "a pressão para despedir" está sobretudo associada aos campeonatos, as provas que mais esforço exigem e mais influenciam o ambiente no seio do plantel.

Pressão maior nas equipas de "orçamento mediano ou baixo"

O estudo indica ainda que o risco de saída é mais elevado nas primeiras 12 a 14 jornadas, antes de diminuir progressivamente, e identifica as pressões oriundas da direção ou do rendimento de equipas vizinhas ou rivais como demais fatores com peso na continuidade ou não de um treinador.

No período analisado, a I Liga portuguesa é a prova "mais exposta" às saídas de treinadores, num fenómeno mais "alimentado" pelas equipas de orçamento "mediano ou baixo", por vezes com mais do que um despedimento por época, do que os designados três "grandes", Benfica, FC Porto e Sporting.

Paulo Reis Mourão salienta ainda que os clubes portugueses tendem a trocar mais vezes de treinador no início dos mandatos das respetivas direções, demonstrando o peso da "leitura de ciclo eleitoral" em decisões desportivas, a principal especificidade lusa no estudo.

Candidaturas de Carvalho e Manteigas agitam panorama político do Benfica

  1. Cristóvão Carvalho formalizou a sua candidatura à presidência do Benfica, afirmando ter um projeto para revitalizar o clube.
  2. João Diogo Manteigas, outro candidato, criticou a ausência comunicacional do atual presidente e defendeu maior clareza sobre a sua intenção de recandidatura.
  3. Manteigas propõe uma gestão financeira rigorosa, com investimento criterioso, forte aposta na formação e corte de gastos.
  4. João Diogo Manteigas concorda com a ideia de que o Sporting tem influência excessiva no futebol português, citando eleições na Liga e AF Lisboa como prova.

Rui Borges, o treinador português a caminho da fama

  1. Rui Borges, treinador do Sporting, destaca-se na Europa
  2. Gazzetta dello Sport elogia abordagem compreensiva e inflexível de Borges
  3. Borges afastou jogador por indisciplina
  4. Borges começou carreira como futebolista na 2ª divisão portuguesa
  5. Borges ganhou o campeonato português sem perder nenhum jogo

Lewandowski comenta a procura por um sucessor no Barcelona

  1. Lewandowski aborda possível sucessor no Barcelona, com o nome de Viktor Gyökeres a surgir.
  2. Lewandowski: “No futebol atual não é fácil encontrar um avançado que faça golos”.
  3. Lewandowski tem 36 anos.
  4. Lewandowski apontou 44 golos ao serviço do Barcelona.