Rui Costa defende «limite» para contestação dos adeptos do Benfica

  1. Rui Costa mostrou-se compreensivo com a elevada contestação dos adeptos do Benfica
  2. O presidente do Benfica confessou o seu descontentamento por alguns «episódios que não foram bonitos»
  3. Rui Costa fez um apelo à união da massa associativa benfiquista para a nova época

Rui Costa, presidente do Benfica, mostrou-se compreensivo com a forte contestação dos adeptos das "águias" face ao fraco desempenho desportivo da equipa na presente temporada. No entanto, o líder encarnado confessou o seu descontentamento por alguns "episódios que não foram bonitos" durante este período.

Em entrevista aos órgãos de comunicação social, Rui Costa reconheceu que este ano foi "de grande frustração" devido às altas expectativas no início da época, após o título de campeão nacional e a contratação de reforços de peso. Contudo, o presidente dos "encarnados" defendeu que "só todos juntos podemos alcançar alguma coisa", apelando à união da massa associativa benfiquista.

Contestação «que respeito»


"Acredito que este ano tenha sido um ano de grande frustração pelo facto de as expectativas terem sido bem altas. Éramos campeões nacionais e começámos a época com as expectativas bem lá em cima, começámos por ganhar a Supertaça, tínhamos reforços de peso que nos permitiam pensar que a época fosse ainda mais gloriosa, e queríamos que fosse. E houve uma frustração grande da parte dos nossos adeptos dentro da exigência que é natural num clube como o Benfica", referiu Rui Costa.


"Houve exibições que não agradaram e que não satisfizeram e elevaram a crítica. Crítica essa que respeito, contestação que respeito, como é óbvio, mau era se assim não fosse. Mas como disse Roger Schmidt, é evidente que quem está nesta posição, dentro de campo, como treinador, o que pretende para o clube é que o clube esteja unido", acrescentou.

Incidente com garrafa em Faro


Sobre o incidente em Faro, no qual o treinador Roger Schmidt foi atingido por uma garrafa atirada das bancadas, Rui Costa foi perentório: "Falámos [eu e o treinador] sempre a cada situação passada. Falámos sempre e analisámos tudo. Custou-me muito, não a contestação, os assobios, mas o dia do jogo com o Farense em casa. Provavelmente, por não estar habituado. Extrapulou-se a contestação."


"Não vou esconder a irritação com que o treinador estava. Foram ultrapassados limites, custou-lhe aceitar isso. E temos de aceitar que lhe tenha custado. Foi a pessoa que levou com a garrafa e não foi agradável. Temos de aceitar também, que são seres humanos, que pode haver um momento de alteração", acrescentou o líder benfiquista.

Apelo à união


"Só todos juntos podemos alcançar alguma coisa e sabemos o quanto valemos todos juntos. Este ano houve episódios que não foram bonitos, é inegável que aceito e respeito as contestações. Há um limite para elas e não beneficia ninguém, não beneficia quem está dentro de campo, como é óbvio. Não é nesse clima que consegue expressar-se da melhor forma", concluiu Rui Costa.

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