Rui Costa tem legitimidade para manter Roger Schmidt no Benfica

  1. Rui Costa tem a indiscutível legitimidade do mandato que acaba em 2025 para manter Roger Schmidt
  2. Schmidt desabafou que o Benfica não conseguirá ser campeão na próxima temporada devido a protestos
  3. Apresentar soluções, mesmo com Schmidt, para corrigir o que correu mal será apenas o início de nova caminhada
  4. Alguns comportamentos repetem-se sem que haja consequências na relação com as claques não reconhecidas

Rui Costa tem legitimidade para manter Roger Schmidt no Benfica

Rui Costa, presidente do Benfica, tem a "indiscutível legitimidade do mandato que acaba em 2025" para manter Roger Schmidt como treinador, independentemente das manifestações de insatisfação de sócios e adeptos. Apesar da "maré vermelha" de contestação, a "maioria" não tem o "exclusivo da verdade".

Não faltarão argumentos para defender a saída de Schmidt, e é fácil encontrar exemplos recentes de treinadores que "fragilizados duraram pouco após acabarem mal épocas e de começarem outras com piores resultados e exibições". Porém, há também casos como o de Jorge Jesus, que Luís Filipe Vieira manteve no final da época 2012/2013, mesmo após perder o título e outros troféus.

Schmidt reconhece dificuldades

Após a goleada sobre o Arouca, no penúltimo jogo da época, Schmidt "desabafou" que o Benfica "não conseguirá ser campeão na próxima temporada" devido aos protestos contra si e o presidente.

Rui Costa tem "o direito de considerar" e "o dever de explicar aos benfiquistas" que Schmidt é o "homem certo" para continuar. E tem a "obrigação de deixar bem claro" o que fará "para mudar essas circunstâncias", pois "a prática é o critério da verdade".

Aceitar a insatisfação dos adeptos

Aceitar e compreender a insatisfação dos sócios e adeptos, que nasceu de uma equipa que "não só defraudou as expectativas, algumas exageradas outras realistas, mas também regrediu na capacidade de produzir bom futebol, apesar de investimento de quase €100 milhões", é apenas o primeiro passo.

Apresentar aos benfiquistas soluções, mesmo com Schmidt, para corrigir o que correu mal e um plano claro e objetivo para a nova época será apenas o início de nova caminhada. E não poderá haver a "mínima suspeição" de que a continuação de Schmidt possa ser interpretada como "almofada de conforto" para o presidente.

A relação com as claques

A decisão sobre o treinador da próxima época definirá o final de mandato de Rui Costa. Mas o presidente do Benfica ainda vai a tempo de outra também importante - a relação com as claques não reconhecidas.

Alguns comportamentos, "condenados pela maioria que estava na Luz" no último jogo, "repetem-se sem que haja consequências". Da "impunidade" não poderá prevalecer a ideia de "condescendência". Será assim tão difícil identificar quem "desrespeita a lei e o clube"?