O treinador do Famalicão, Armando Evangelista, comentou a vitória da sua equipa sobre o Benfica, resultado que acabou por ajudar nas contas do título do Sporting.
Evangelista destacou a «personalidade» da sua equipa, que «mostrou que estava disposta a jogar olhos nos olhos contra qualquer adversário». O técnico considerou que a sua equipa fez «uma primeira parte fantástica» e que, apesar de não ter entrado tão bem nos primeiros 20 minutos da segunda parte, «voltou a entrar no jogo e concretizou por duas vezes, trazendo justiça ao jogo».
Foco no final da época
Questionado sobre se preferia estar a meio da época neste momento, Evangelista afirmou que «com um mês e meio de trabalho, a equipa mostrou que está a aceitar as nossas ideias» e que isso é «um bom indício para continuar». O treinador revelou que há que «olhar para os dois jogos que faltam e procurar que os jogadores se evidenciem até ao último dia».
Sobre se estas exibições são um cartão de identidade para a próxima época, Evangelista respondeu: «Espero que sim, mas é óbvio que ainda é cedo para pensar na próxima temporada, até por que o meu contrato acaba daqui a umas semanas. Espero ajudar numa próxima temporada de sucesso. Não é fácil jogar contra adversários desta qualidade e a ajuda que vem de fora, dos adeptos, é importante».
Análise da exibição
Relativamente à análise de Roger Schmidt, que considerou a primeira parte «caótica», Evangelista acredita que «esse sentimento seja verdadeiro porque ao analisar as oportunidades que tivemos, demos pouco espaço ao Benfica e causamos muitas dificuldades». O técnico considera que «houve muito mérito do Famalicão e há tendência de dizer que o demérito é da equipa grande».
Questionado se gostaria de continuar no clube, Evangelista afirmou que «não há justiça no futebol, é uma bola que entra e que não entra» e que vai «sentar-se» com o presidente, mas que «ainda há muito a fazer nesta altura» e que «acabámos de chegar e não podemos falar já no que aí vem».