Análise do Vice-Presidente do Conselho de Arbitragem sobre a Atuação do VAR

  1. João Ferreira analisou dois lances polémicos
  2. Críticas à intervenção do VAR em decisões
  3. Discrepância na marcação de penáltis

O vice-presidente do Conselho de Arbitragem, João Ferreira, fez uma análise detalhada da atuação do VAR em dois lances polémicos ocorridos em jogos da Liga Portuguesa. Em relação ao lance entre Mangala e Francisco Conceição no jogo entre Estoril e FC Porto, Ferreira considerou a intervenção do VAR como excessiva. Durante a transmissão dos áudios das comunicações entre o árbitro António Nobre e o vídeoárbitro Tiago Martins, revelou-se o diálogo que influenciou a decisão final:

VAR: "Sugiro que venhas à zona de revisão para o cancelamento do penálti. Anda para trás. O defesa vai sempre na mesma direção. E o atacante vai e choca com ele. O defesa não faz nada para derrubar o atacante."

Árbitro: "Então o gajo não o derruba, Tiago? Olha aqui nas costas."

VAR: "Se reparares nas pernas, até é o atacante que choca."

Árbitro: "A perna esquerda."

VAR: "O atacante é que toca."

Árbitro: "E não há braço. Não há nenhum agarrão."

Árbitro: "Não há infração, nem simulação. Vai ser bola ao solo."

João Ferreira argumentou que A intervenção do VAR foi excessiva. A junção dos dois contactos suporta uma decisão tomada em campo. A melhor decisão seria não marcar penálti. Mas, a partir do momento em que assinala penálti, tem de haver elementos que suportem essa decisão. Os factos são muito ténues para haver uma intervenção.

Lance entre Mangala e Marcos Leonardo no jogo Benfica vs. Estoril

Em relação ao lance entre Mangala e Marcos Leonardo no jogo entre Benfica e Estoril, João Ferreira criticou a decisão de não marcar penálti sobre o avançado brasileiro. Durante a comunicação entre o árbitro Manuel Oliveira e o VAR Luís Ferreira, foi revelado o seguinte diálogo:

VAR: "O jogador do Estoril a tentar defender a bola acerta no avançado de sola."

Árbitro: "Ele chuta, mas é ele que lhe dá. Isto para mim não é penálti. Até é ele que vira a chuteira."

VAR: "Para mim, tudo normal. Mete mais um bocadinho para trás. O Mangala, é o 22, não é? Para mim isto é um choque normal."

João Ferreira discordou da decisão, afirmando que o jogador do Estoril vai de pé em riste, não joga a bola. O vice-presidente do Conselho de Arbitragem considerou que a decisão foi errada, resultando na não marcação de um penálti sobre Marcos Leonardo e na ausência de um cartão amarelo para Mangala.

Miguel Moreira justifica contratos com a Questão Flexível no Benfica

  1. Miguel Moreira é antigo diretor-financeiro do Benfica e arguido no processo Saco Azul.
  2. Foi questionado sobre contratos com a empresa Questão Flexível, de José Bernardes (outro arguido).
  3. Alguns contratos foram feitos com a Benfica Estádio e outros com a Benfica SAD sem razão clara.
  4. O critério de preço e duração dos contratos foi fixado por José Bernardes e incluía alta disponibilidade.