Foi aos 92 minutos de jogo que a tragédia aconteceu. Fehér, que havia entrado no segundo tempo como substituto de João Pereira, contribuiu para o único gol da partida, fazendo a assistência para Fernando Aguiar marcar aos 90 minutos. Porém, logo em seguida, o árbitro Olegário Benquerença mostrou-lhe um cartão amarelo por estar a queimar tempo. No momento em que recuou, sorrindo, Fehér caiu inanimado no relvado.
As equipas médicas tentaram desesperadamente reanimar o jogador, mas infelizmente não tiveram sucesso. A morte de Fehér foi declarada no hospital de Guimarães, às 23h10. O choque e a tristeza tomaram conta não só de Portugal, mas também da Hungria e do mundo do futebol como um todo.
Fehér, com apenas 24 anos de idade, tinha chegado ao futebol português em 1998/1999 para jogar no FC Porto, mas não conseguiu se destacar. Após passagens por Salgueiros e SC Braga, ele chegou ao Benfica na temporada 2002/2003. Ao longo de sua passagem pelo clube encarnado, Fehér disputou 37 jogos e marcou oito gols. Sua simpatia, correção e profissionalismo exemplar são lembrados por todos que o conheceram bem.
Para honrar a memória de Fehér, a camisola 29 do Benfica foi retirada de uso pela equipa principal, após aprovação dos sócios em assembleia geral. A camisola rasgada em campo para uso do desfibrilhador e as chuteiras do húngaro ainda estão expostas no Museu Cosme Damião, um tributo ao jogador que deixou sua marca no clube.
E hoje, exatamente 20 anos após sua morte trágica, é impossível esquecer aquele jogo em Guimarães. O último sorriso de Fehér ficará para sempre na memória dos adeptos do clube e de todos os amantes do futebol.