O RAViD revela que houve um aumento de 1964 ocorrências em relação ao período anterior, indicando uma tendência preocupante de crescimento da violência nos estádios. O uso de pirotecnia foi responsável por mais de 3000 incidentes, superando as ocorrências de injúrias, danos e agressões. A maioria desses incidentes ocorreu no futebol, com destaque para os jogos da I Liga, das provas europeias e dos escalões distritais e jovens.
Entre as medidas aplicadas, destaca-se a interdição de acesso aos recintos desportivos, que atingiu um total de 473 casos na última época. A utilização de pirotecnia foi o motivo principal dessas sanções, seguido das agressões e do incitamento à violência. Os sete clubes mais punidos foram o Benfica, Sporting, FC Porto, Valongo, Vitória de Guimarães, Boavista e Sp. Braga, concentrando 66,5% das medidas de interdição.
O presidente da APCVD, Rodrigo Cavaleiro, expressou preocupação com a tendência crescente de violência nos estádios, citando o ressurgimento do hooliganismo e a influência da subcultura casual após o período de confinamento. Esta tendência, que já é visível em vários países europeus após o retorno dos adeptos aos estádios, pode influenciar o contexto nacional.