Mudanças de treinadores definem I Liga portuguesa em 2024/25

  1. Recorde de 9 mudanças definitivas de treinadores em 11 jornadas da I Liga 2024/25
  2. Sporting despede Rúben Amorim para novo desafio no Manchester United
  3. Benfica volta a confiar em Bruno Lage após saída de Roger Schmidt
  4. Sporting de Braga, Arouca e Estrela da Amadora também mudaram de treinador

A I Liga portuguesa de futebol tem contrariado a tendência europeia de estabilidade dos treinadores em 2024/25, ao contabilizar nove mudanças definitivas em 11 jornadas, um recorde entre as 25 edições iniciadas no século XXI.

Quase três meses e meio depois do início da prova, metade dos 18 clubes já trocou de treinador, a maioria devido a maus resultados ou divergências entre administração e equipa técnica, excetuando o caso peculiar do campeão nacional e líder invicto Sporting.

Saída inesperada de Rúben Amorim do Sporting


Os 'leões' aguardaram pela mais recente paragem do campeonato para os compromissos das seleções nacionais para consumar a saída de Rúben Amorim, que já tinha sido anunciada pelos ingleses do Manchester United em 01 de novembro, promovendo João Pereira da equipa B 'leonina', da Liga 3.


Amorim finalizou um trajeto de quatro anos e meio no Sporting, abrilhantado pelos títulos de campeão nacional em 2020/21 e 2023/24, tendo mesmo replicado esta temporada o melhor arranque de sempre do emblema de Alvalade numa edição da I Liga, ao atingir as mesmas 11 vitórias em outros tantos jogos de 1990/91, antes de rumar à Premier League, destaca o texto.

Mexidas nos emblemas da I Liga


Tozé Marreco protagonizou a primeira de nove mudanças técnicas de emblemas primodivisionários em 2024/25, ao deixar o Gil Vicente a apenas dois dias da estreia, sendo substituído de forma interina por Carlos Cunha, antes da entrada permanente de Bruno Pinheiro a partir da segunda jornada.


Tozé Marreco voltaria ao ativo logo após a sexta ronda, quando sucedeu a José Mota no Farense, um dos clubes que reagiu aos resultados desfavoráveis no início da época com mexidas no banco, tal como o Benfica, novamente comandado ao fim de quatro anos por Bruno Lage, campeão em 2018/19, face à saída na quarta jornada do alemão Roger Schmidt, vencedor em 2022/23.


Igual decisão tomaram o Sporting de Braga, com Carlos Carvalhal a encetar a terceira passagem pelo banco 'arsenalista', ao substituir Daniel Sousa depois da ronda inicial, o Arouca, com Vasco Seabra a render o uruguaio Gonzalo García à nona, ou o Estrela da Amadora, que abdicou de Filipe Martins à sexta jornada para apostar numa comissão técnica liderada pelo diretor desportivo José Faria.

Recorde no século XXI


A «avalancha» de mudanças técnicas definitivas à 11.ª jornada já não era tão significativa desde 2009/10, quando Vitória de Setúbal, Naval 1.º de Maio, Marítimo, Académica, Vitória de Guimarães, Paços de Ferreira, União de Leiria e Sporting promoveram oito alterações.


No século XXI, nunca houve uma edição com menos de duas mexidas naquele total de rondas - mínimo observado em 2000/01, 2001/02, 2002/03, 2010/11, 2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2018/19 -, tendo 2024/25 ditado mais três trocas face às seis do período homólogo da época passada.

Tendência contrária à Europa


As denominadas «chicotadas psicológicas» têm rareado nos principais campeonatos europeus, com a I Liga portuguesa a somar quase tantas quanto as congéneres de Itália (quatro), Alemanha e França (ambas com duas) e Inglaterra e Espanha (uma em cada) juntas.


Portugal é perseguido por Grécia e Turquia, ambas com oito mudanças de treinador ao fim de 11 e 12 jornadas, respetivamente, e só figura atrás da Sérvia, com 12 mexidas em 15 rondas.

Movimentações na Europa


Na Serie A, Claudio Ranieri saiu da reforma no final da semana passada para arrancar a terceira passagem pela Roma, que, dois meses antes, tinha substituído Daniele De Rossi pelo sérvio Ivan Jurić, enquanto o Lecce colocou Marco Giampaolo no lugar de Luca Gotti e o Génova já demitiu Alberto Gilardino e pode anunciar em breve o francês Patrick Vieira.


O Hoffenheim, no qual o austríaco Christian Ilzer sucedeu ao norte-americano Pellegrino Matarazzo, e o lanterna-vermelha Bochum, com Dieter Hecking a render Peter Zeidler, mexeram na Bundesliga. Na Ligue 1, o Rennes, de Jota, apostou no argentino Jorge Sampaoli em vez de Julien Stéphan e o Montpellier trocou o arménio Michel Der Zakarian por Jean-Louis Gasset na fuga à última posição.


Já o Manchester United protagonizou a única novidade técnica na Premier League, deixando Diogo Dalot e Bruno Fernandes sob orientação de Rúben Amorim, sucessor do neerlandês Erik ten Hag, da mesma forma como os espanhóis do Las Palmas, de Dário Essugo e Fábio Silva, transitaram de Luis Carrión para Diego Martínez.

Críticas a Ruben Amorim não param no Manchester United

  1. Ruben Amorim substituiu Erik ten Hag no Manchester United
  2. Amorim venceu apenas 4 dos 15 jogos na Premier League
  3. Jamie Carragher diz que Manchester United pode estar arrependido
  4. Carragher compara Amorim com o trabalho de Oliver Glasner no Crystal Palace

Mendonça marca golo decisivo no empate do AVS SAD com o líder Sporting

  1. Gustavo Mendonça marcou aos 90+6 minutos o golo que permitiu ao AVS SAD empatar 2-2 com o líder Sporting
  2. O jovem médio, de 21 anos, revelou que o golo foi fruto de um lance trabalhado nos treinos
  3. Mendonça fez a formação no Benfica e passou também pelo Canelas antes de ingressar no AVS SAD
  4. No AVS SAD, Mendonça tem vindo a ganhar novas competências, passando a atuar mais adiantado, na posição de '8'

Luís Enrique elogia a atitude profissional de Gonçalo Ramos no PSG

  1. Luís Enrique elogia a atitude profissional de Gonçalo Ramos no PSG
  2. Apesar de Vitinha estar a fazer apenas trabalho de ginásio, a rotação de jogadores será necessária
  3. Luís Enrique: «Quanto a Ramos, mesmo quando não está a jogar, é importante porque tem uma atitude impecável. Estou muito contente por ter um jogador como ele»
  4. Prioridade é o próximo jogo, mas há uma visão geral dos 10 ou 12 jogos deste mês

Benfica presta homenagem ao Grande Torino após tragédia de Superga

  1. O acidente de Superga em 1949 dizimou a melhor equipa do mundo na época, o Grande Torino
  2. Dezenas de adeptos do Torino, dirigentes e familiares das vítimas receberam emocionados a delegação do Benfica em Turim
  3. Um dirigente do Torino afirmou que «os do Torino somos todos do Benfica desde 1949»
  4. O Grande Torino era a própria Itália, com 10 jogadores na seleção nacional
  5. Milhares de pessoas participaram no funeral do Grande Torino após a tragédia