No seu livro 'Azul até ao fim', Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, fez uma revelação sobre a polémica saída de Francisco Conceição para o Ajax. Segundo Pinto da Costa, a cláusula de rescisão do jovem jogador era relativamente baixa, de apenas 5 milhões de euros, por "imposição de seu pai Sérgio Conceição".
«A saída do Francisco foi um mau negócio para o FC Porto. Porque tem 19 anos e porque a cláusula de rescisão era, por imposição de seu pai Sérgio Conceição, relativamente baixa -- 5 M€. Foi um caso que me desgostou e desgastou muito, porque não queria a sua saída, mas tive de respeitar a decisão do atleta, dado que o Ajax pagou a cláusula de rescisão», escreveu Pinto da Costa.
Vítor Bruno esclarece comentários sobre Rodrigo Mora
Entretanto, o treinador interino do FC Porto, Vítor Bruno, aproveitou a conferência de imprensa antes do jogo com o AVS para esclarecer comentários anteriores sobre Rodrigo Mora. Segundo Vítor Bruno, as suas palavras foram "extrapoladas" e a ele "incomodou-me".
«Prometi que não ia tocar mais no assunto. Interpretaram-no de forma errada. O que eu quis foi falar do comportamento dele sem bola, desde o jogo do Bodo/Glimt para o jogo a seguir com o Arouca. Quem fizer uma análise atenta ao rendimento dele nesse aspeto do jogo, percebe do que estou a falar. O próprio Rodrigo percebe, pois foi logo partilhado com ele no dia desse jogo com o Arouca. Para ele perceber [a diferença] de um momento para o outro. Foi muita coisa extrapolada e a mim incomodou-me», explicou Vítor Bruno.
Objetivos prioritários para o jogo com o AVS
Sobre o jogo com o AVS, Vítor Bruno destacou que a equipa adversária "ainda não perdeu em casa e não sofreu golos nos últimos três jogos", sendo este um "objetivo prioritário" para o FC Porto. O treinador interino sublinhou a necessidade de serem "competentes com e sem bola" para conseguirem os três pontos.
Questionado sobre a gestão do plantel com tantos jogos, Vítor Bruno afirmou que o "sentido de responsabilidade é sempre o mesmo", apesar do "ciclo denso" de partidas. O técnico disse que irão "com os melhores" para o jogo, destacando que "às vezes os melhores saem a partir do banco para resolver".
Elogios a Fábio Vieira
Relativamente a Fábio Vieira, Vítor Bruno explicou que o "mimo não era de minutos, mas de gestos e palavras", uma vez que o jogador esteve "dois anos fustigados por lesões". O treinador considerou que Fábio Vieira "está a dar passos" e é "uma opção para jogar", dependendo do "perfil" do adversário.
Sobre o processo defensivo versus ofensivo da equipa, Vítor Bruno reconheceu que "há momentos em que já estivemos bem, outros não tão bem", mas reiterou a vontade de criar "um futebol espetáculo, champanhe e artístico". O técnico admitiu que o "espaço/tempo para treinar tem sido pouco", mas garantiu que vão "lá chegar" a esse objetivo.
Comentário sobre a ansiedade da equipa
Por fim, quando questionado sobre a ansiedade da equipa na competição, Vítor Bruno respondeu: «Se [a equipa] estiver sempre ansiosa e ganhar 2-0 todos os jogos, dê-me uma folha e eu assino já.»