Após a vitória do Fafe sobre o Arouca por 2-1 na Taça de Portugal, as declarações dos treinadores Mário Ferreira e Vasco Seabra ecoaram nas análises da partida. Mário Ferreira, treinador do Fafe, sublinhou a importância do trabalho da sua equipa ao afirmar: “O segredo? Segredo nenhum. Não querendo estar a ter uma atitude exuberante no que foi o resultado, obviamente que estamos felizes. Não há que esconder e temos de festejar. O segredo é trabalho, talvez por aí. Trabalhar. Desde a nossa chegada, conseguimos implementar muito isso.”
Ferreira elogiou a atitude dos seus jogadores, especialmente na segunda parte do jogo, onde sentiu que o Fafe foi mais superior: “Estava à espera de um Arouca forte como na primeira parte. Senti que não entrámos muito bem mas, na segunda parte, acho que tivemos uma atitude de equipa superior, o Arouca foi baixando, fomos ganhando mais confiança. Acho que fomos mais equipa do que o Arouca na segunda parte.”
Declarações de Vasco Seabra
Por outro lado, Vasco Seabra, treinador do Arouca, destacou a falta de uma postura competitiva adequada na segunda parte do embate: “Faltou muita coisa. Essencialmente, uma postura mais capaz, principalmente na segunda parte, na qual fomos deixando de existir. A nossa atitude competitiva baixou, a do Fafe foi subindo, também com o entusiasmo dos adeptos e com o que fomos permitindo que fosse acontecendo.”
Seabra sublinhou a importância de marcar no início da segunda parte, pois acreditava que, se a sua equipa tivesse feito o 2-0, a situação poderia ter sido diferente: “Podíamos ter fechado o jogo, pelo menos ter feito o 2-0 e se o fizéssemos, as coisas tinham ficado mais estáveis para nós. Não o fizemos e expusemo-nos a muitos momentos de transição e, depois, a fragilidade na bola parada.”
Apoio dos Adeptos
Ferreira também viu o valor do apoio dos adeptos, mencionando o ambiente contagiante durante o jogo: “Uma palavra para os adeptos, porque arrepia, principalmente a parte final. Quando chegámos, senti a bancada um bocadinho despida. Hoje já se notou os adeptos a torcer, a viver o jogo, a sentir um Fafe com alma e acho que qualquer adversário, desde que fosse em casa, seria bonito.”
O treinador do Fafe reconheceu a importância de jogar em casa na próxima fase. Quando questionado sobre o que gostaria de ver no sorteio, Ferreira respondeu: “O sorteio, o que vier, virá. Um passo de cada vez, quem faz muitos planos normalmente corre sempre mal.”
Reflexão após a Derrota
Vasco Seabra, por sua vez, sentiu o peso da derrota e a necessidade de reavaliar a equipa: “Pode ter um peso em que nos deixa no chão, ou pode ser a bofetada que todos temos de levar para acordarmos e percebermos que isto é o nível mais alto que existe em Portugal.”
Ele terminou assumindo a sua responsabilidade: “Mais do que explicações, resta-nos assumir a responsabilidade, o peso da derrota, que é um momento de frustração gigante. Queríamos continuar na prova, temos de focar-nos no campeonato. Pedir desculpa às pessoas que nos acompanham, seja as que ficaram em casa, seja as que vieram cá.”
Vulnerabilidades na Equipa
Além disso, Seabra destacou a fragilidade da sua equipa em lances de bola parada: “Tivemos sempre fragilidade na bola parada. Treinámos esta semana várias vezes situações de esquemas táticos defensivos, sabíamos que, num jogo típico de Taça, que é sempre um momento em que temos de estar muito agressivos e focados.”
O treinador do Arouca expressou a necessidade de mudança: “Já tínhamos sofrido dois golos de canto com o Estoril e sabíamos que tínhamos de melhorar e crescer. Ao intervalo, reforçámos essa necessidade de sermos agressivos... Não fomos competentes, responsabilidade minha e da equipa.”
Próximos Passos
Com este resultado, o Fafe avança para os oitavos de final, enquanto o Arouca terá de se concentrar no campeonato, aprendendo com os erros cometidos nesta eliminatória da Taça.