Titular nos quatro primeiros jogos de Martín Anselmi no FC Porto, o percurso de Tiago Djaló sofreu uma reviravolta inesperada. O jovem central português, cedido pela Juventus aos dragões, atuou pela última vez a 24 de fevereiro, na receção ao V. Guimarães, ficando ligado ao empate por não ter travado, com recurso à falta, o sprint de Umaro Embaló no lance do 1-1.
Nos dias seguintes, uma fotografia do internacional português numa discoteca em Madrid, captada na noite de passagem de ano, três dias antes da deslocação ao reduto do Nacional, veio a público, suscitando dúvidas sobre a sua dedicação.
A importância da robustez mental
De acordo com João Carlos Pereira, antigo treinador de Djaló na Académica, “Ficou sem competir durante algum tempo, mas foi algo que o fortaleceu mentalmente. E, como sabemos, a robustez psicológica de um jogador é fundamental em alta competição”
.
Pereira destacou ainda a “dimensão física extremamente importante”
no futebol de alto nível, algo que Djaló exibia em abundância. “Estava habituado a contextos competitivos exigentes. Tinha uma mentalidade muito boa, sempre na perspetiva de querer aprender, de questionar o porquê das coisas.”
O exemplo de Francisco Moura
No entanto, essa promissora trajetória sofreu um revés abrupto. Tiago Djaló vai em três duelos consecutivos sem qualquer minuto de competição e só integrou a ficha de jogo na visita a Braga. Contra Arouca e Aves SAD, nem no banco de suplentes esteve.
Segundo João Carlos Pereira, “Não tenho dúvidas de que a experiência no Braga, com Carlos Carvalhal, ajudou o Francisco a entender melhor as dinâmicas deste sistema e respetiva organização”
, traçando um paralelo com o caso de Francisco Moura.
Resta saber se Djaló conseguirá reerguer-se e retomar o caminho da afirmação, ou se esta inesperada derrocada marcará definitivamente o seu percurso no FC Porto.