Desde que se estreou pela equipa principal do FC Porto, em dezembro de 2021, Gonçalo Borges tem tido um percurso com altos e baixos. O jovem extremo de 21 anos ainda luta para se afirmar como opção regular no onze inicial da equipa, apesar do seu potencial reconhecido.
Com apenas 11 titularidades em 79 jogos pela formação principal, Borges não conseguiu até agora estabelecer-se como peça fixa no esquema tático dos dragões. A sua utilização tem-se caracterizado por entradas como suplente, tendo marcado os seus únicos dois golos nesse cenário.
Irregularidade e críticas dos adeptos
Ao longo da temporada, Borges apenas por duas vezes conseguiu jogar os 90 minutos de um encontro, ambas sob o comando do treinador Martín Anselmi. O jovem extremo tem tido desempenhos irregulares que lhe têm valido a desconfiança dos adeptos, com a sua atuação no recente jogo com o Arouca a poder ter-lhe custado a titularidade no próximo desafio.
«Apesar de uma boa percentagem de passes certos (95%), Borges perdeu a bola em 13 ocasiões e ganhou apenas 4 dos 12 duelos em que se viu envolvido, tendo sido substituído aos 63 minutos», refere o artigo, numa análise à sua prestação nesse encontro.
O potencial reconhecido e a luta pela afirmação
Ainda assim, Borges já conquistou a Youth League ao serviço da equipa júnior do FC Porto em 2019 e exibiu todo o seu potencial na equipa B, onde em 78 jogos marcou 11 golos e fez 8 assistências. O interesse de clubes como o Feyenoord, que chegou a oferecer 7 milhões de euros, mostra que o jogador tem qualidade reconhecida, mesmo que ainda não a tenha conseguido concretizar de forma consistente ao serviço dos dragões.
«O técnico argentino [Martín Anselmi] terá compreendido que o excesso de dribles de Borges prejudicou a ligação aos laterais e a solidez defensiva da sua equipa», destacando, no entanto, a «verticalidade e capacidade de criar lances de rutura» do jovem extremo.
A oportunidade de se afirmar
Resta agora saber se Gonçalo Borges conseguirá aproveitar a oportunidade de se afirmar na equipa principal, após três anos de utilizações irregulares. A possibilidade de realizar uma sequência de três jogos consecutivos como titular pode ser a «rampa de lançamento» de que precisa para finalmente se impor entre os dragões.