Rui Borges e Daniel Sousa, dois técnicos em ascensão que se cruzam no topo

  1. Duas das equipas revelação de 2023/24
  2. Dérbi do Minho com dois jovens técnicos
  3. Vitória SC x Sporting CP pode ser decisivo na luta pelo título

Em abril, seria um Arouca x Moreirense, duas das equipas revelação de 2023/24. Em agosto, um dérbi do Minho, com dois jovens técnicos a começarem o maior desafio da carreira. Em janeiro, já em 2025, os dois técnicos encontram-se num escaldante Vitória SC x Sporting CP, que pode ser decisivo para a luta pelo título.

Rui Borges e Daniel Sousa ainda quase nem aqueceram o lugar, mas serão protagonistas de um dos jogos da jornada que fecha a primeira volta da Primeira Liga.

Caminhos distintos até à afirmação

Os caminhos de Rui Borges e Daniel Sousa até ao estrelato são bem distintos, mas, a certo momento, encontram um ponto de convergência: a época de afirmação.

Rui Borges surgiu de baixo, do não profissional Campeonato de Portugal. Em Mirandela, terra natal, pendurou as botas e assumiu a liderança da equipa que militava no Campeonato de Portugal. Subiu a pulso, treinou cinco equipas do segundo escalão e, pela porta do Moreirense, estreou-se na Primeira Liga.

Já Daniel Sousa, entrou no mundo do treino de uma forma bem diferente. Ainda muito jovem, aos 25 anos, chegou a analista da Académica, pela mão de André Villas-Boas. Com AVB, foi subindo na hierarquia da equipa técnica, acompanhando o agora presidente do FC Porto até este terminar a carreira. Depois de duas temporadas sabáticas, chegou a Barcelos - terra natal - para treinar o Gil Vicente, já com a temporada a decorrer. O trabalho no Gil Vicente foi notável, mas não teve sequência. Em 2023/24, voltou a entrar a meio da temporada num clube, desta feita na Serra da Freita, em Arouca.

Época de afirmação em 2023/24

Em 2023/24, nenhum treinador se valorizou tanto quanto os dois homens que esta sexta-feira se defrontam.

Rui Borges pegou no recém-promovido Moreirense e levou-os ao sexto lugar. O transmontano igualou a melhor classificação de sempre do clube no primeiro escalão, batendo ainda o recorde de pontos (fez 55). Foi obreiro da melhor época da equipa da pequena vila de Moreira de Cónegos, valorizando jogadores como André Luís e Gonçalo Franco, oferecendo rendimento desportivo e retorno financeiro aos cónegos.

Em Arouca, o sétimo classificado do mesmo campeonato, as coisas pareciam complicadas antes da chegada de Daniel Sousa. À 11ª jornada, o Arouca era último e já havia sido eliminado da Conference League, quase com flashbacks da anterior campanha europeia dos arouquenses, que culminou com duas descidas de divisão quase consecutivas. Eis que Daniel Sousa chegou e começou a escalar posições na tabela classificativa. 12 vitórias, quatro empates e bom futebol em 25 jogos ao leme da equipa do distrito de Aveiro, afastando os fantasmas do passado. A valorização dos jogadores no capítulo financeiro foi ainda bem mais notável do que a de Rui Borges. Rafa Mujíca, Cristo, Rafael Fernandes e Robson Bambu renderam mais de 20 milhões de euros (!!!) aos cofres do Arouca.

Elevador para o topo

Depois das temporadas vitoriosas e a exceder expectativas, chegou o elevador para levar os dois técnicos para o patamar acima. Daniel seguiu para Braga, Rui para Guimarães. Meio ano e uma volta depois, tudo está diferente e são dois dos nomes que contribuíram para o maior número de mudanças do século nesta altura do campeonato.

Passagens pelo Sporting e Vitória SC

Daniel Sousa durou pouco tempo em Braga. Depois de duas vitórias europeias e dois empates, Daniel Sousa saiu da cidade dos arcebispos despedido por António Salvador. A passagem pelo SC Braga ficou ainda marcada pela saída difícil do técnico, que saiu em litígio com o clube após desentendimentos sobre o valor a receber por conta do despedimento.

No rival do Minho, a temporada parecia correr bem até ao dia 23 de dezembro do ano transato. Uma histórica campanha histórica - e invicta - na Conference League deram créditos a Rui Borges, apesar de internamente as vitórias não serem uma constante. A campanha decadente de João Pereira na sucessão a Ruben Amorim levou Frederico Varandas a deixar mais de quatro milhões nos cofres do Vitória SC para levar o transmontano até à capital. Esta mudança abriu a vaga em Guimarães, que viria a ser ocupada por Daniel Sousa.

Confronto decisivo entre técnicos em ascensão

Em agosto, era tudo menos expectável. Em janeiro, é a realidade.

O confronto que fecha a primeira volta do campeonato tem mais um capítulo sui generis. Rui Borges regressa a Guimarães, mas irá sentar-se no banco oposto àquele que foi o seu lugar nos últimos cinco meses.

É especial porque foi um clube onde eu era feliz, com toda a sinceridade. O ambiente era muito bom, interna e externamente. Externamente, tenho um carinho pelos adeptos e acredito que tenham ficado magoados por ter vindo para o Sporting, mas o futebol é mesmo isto. Tenho um carinho enorme pelos jogadores do Vitória SC, pela estrutura, que ficará para sempre, confessou Rui Borges na antevisão ao regresso a Guimarães.

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  1. Augusto Inácio: «Desculpem esta expressão e os benfiquistas que me estão a ouvir, é uma equipa vulgar. É uma equipa vulgar»
  2. Inácio: «O Benfica fisicamente está muito mal» e a equipa «só tem [intensidade, vontade, raça, querer] para alguns minutos. Não tem para mais»
  3. Maniche: «O Benfica joga mal, mas ele [Roger Schmidt] ia para as conferências de imprensa e dizia que jogava muito bem»
  4. Maniche: «a única diferença que encontrei foi só no idioma» entre Bruno Lage e Roger Schmidt

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  1. As quatro equipas chegaram à fase final da competição após terem sido os seis primeiros classificados da Liga na época anterior, juntamente com os dois emblemas promovidos diretamente ao principal escalão
  2. Com este novo formato, apenas oito equipas disputam a Taça da Liga, o que torna a competição ainda mais disputada e emocionante
  3. «Os adeptos estão ansiosos para ver qual destas quatro equipas vai erguer o troféu no final»
  4. «esta Final Four é um momento alto do futebol português, com os quatro melhores clubes a defrontarem-se»